23.1.08

Any's Diary

Eu sei, Diário. A teia de aranha e a humidade tomaram conta de ti. Já não te pego há meses. Os teus seguidores, se os havia, já se mudaram para o blog do Lauro António, que "é chato, mas mexe". Tanta coisa que te podia ter contado...como o dia em que a empresa foi fazer um piquenique de solidariedade para com a Ota (o director comprou lá uma batelada de terrenos "isto vai render, isto vai render" e agora anda um bocado maldisposto. Desde a sábia decisão do senhor engenheiro Sócrates (e daquele grupo...hum...tem um nome parecido com um shampoo para a caspa..LINEC?...adiante), que o director nunca mais foi o mesmo. Durante o piquenique, estavamos nós de mantinha estendida no campo, quando começo a ver a Sónia Cristina (aquela da contabilidade muito afoita a cantar o fado quando abusa da sangria), que na altura envergava um mirrado, porém honesto, pastel de bacalhau, a ficar mais baixa e mais baixa e, quando demos por ela, já só tinha a cabecinha de fora. O terreno começou a dar de si e foi aí que percebemos por que há senhores, os que queriam o aeroporto no deserto alcocheteiro, que diziam que a Ota era um pântano. Se a coisa fosse a votos, pelo menos a Sónia Cristina teria votado em Alcochete, pois coitada, não ganhou para o susto. E a trabalheira que foi a desencrustá-la da lama! Mas a vida tem corrido bem na empresa. Tivemos até visita de pessoas importantes e tudo. Os senhores da ASAE passaram por lá porque alguém nos denunciou dizendo que havia quem fumasse dentro do edifício. Entraram, armados até aos dentes, com aquelas metralhadoras com luz vermelha na ponta, a derrubar tudo à sua frente: cadeiras, mesas, faxes, computadores...julguei que eram os paquistaneses que lá vinham (mas desconfiei porque não tinham lenços árabes, como se sabe...é o código entre eles). Afinal era só o sr. director que estava a fumar. Eles desanuviaram e fumaram todos uma charutada em conjunto. Foi até bonito de se ver.

3.1.08

Já ganhou!!!


Estamos ainda no dia 3 de Janeiro e podemos já garantir com razoável fiabilidade que a manchete alarmista do Diário de Notícias de hoje já ganhou o prémio de manchete mais imbecil de 2008:

«Cada morto na estrada custa um milhão de euros»

O que o jornal fez foi pegar em todos os gastos estruturais na prevenção rodoviária e dividiu esse valor pelo número de mortos.
...o que quer obviamente também dizer que quantos menos pessoas morrerem, mais aumenta o custo por pessoa... e mais alarmado fica o DN!
Força Marcelino! Palpita-me que vais ser a nossa coqueluche em 2008.