25.10.06

Bomba! Equador de Sousa Tavares não é um plágio!

(remoção enquanto se efectuam mais profundas averiguações sobre o tema)

22 comentários:

any the one disse...

Excelente remiguel...lol..

Anónimo disse...

Eu cá acho que Portugal devia agradecer ao MST. Se não fosse a sua tradução a maioria da população nunca ficaria a conhecer o talento de Lapierre e de Collins... O homem fez uma homenagem! Ninguém percebe nada...

Já te falei do livro que estou a escrever/copiar/traduzir??? É uma série sobre o Henrique Oleiro e já tenho um par de mãos para me acompanharem nesta aventura. O primeiro volume será Henrique Oleiro e o Calhau Alentejano :D

Isto é uma mina... bute todos escrever/copiar/traduzir resmas de livros

carlopod disse...

http://ablasfemia.blogspot.com/2006/10/era-uma-noite-escura-e-tempestuosa.html

eu não queria nada estragar a vossa festa gore com as tripas e o sangue do sousa tavares, mas parece que afinal ele não plagiou nada (ver link acima).
o quadro mostra o texto real do sousa tavares, o texto que os maledicentes dizem que era do sousa tavares (mas que aparentemente não é) e o texto que o sousa tavares teria plagiado mas não plagiou.
se alguém aqui leu o livro, faça o favor de nos esclarecer.

Anónimo disse...

Sem o livro aqui à beira, há pelos vistos vários inícios:

"«Quando, em Dezembro de 1905, Luís Bernardo é chamado por El–Rei D.Carlos a Vila Viçosa, não imaginava o que o futuro lhe reservava. Não sabia que teria de trocar a sua vida despreocupada na sociedade cosmopolita de Lisboa por uma missão tão patriótica quanto arriscada na distante ilha de S. Tomé».


É assim que começa o livro de Miguel Sousa Tavares. "

Nem é o que consta no blog de acusação nem no de defesa - há alguém que tenha o livro por perto???

remiguel disse...

o livro começa tal como está no site blasfémias. o blog anonimo inventou!! lol

remiguel disse...

e confirmei na 1.ª edição do livro.

Anónimo disse...

E mais um início:

"Quando naquela manhã chuvosa de Dezembro de 1905, Luís Bernardo é chamado por El-Rei D.Carlos a Vila Viçosa, não imaginava o que o futuro lhe reservava. Não sabia que teria de trocar a sua vida despreocupada na sociedade cosmopolita de Lisboa por uma missão tão patriótica quanto arriscada na distante ilha de S. Tomé."

PS: Acho que se terão de averiguar todas as edições do livro...

carlopod disse...

remiguel, isso de mudar o post a meio dos comentários é BATOTA!

Anónimo disse...

LOL
Desenvolvimentos:

O início descrito no blog anónimo é confirmado por fonte insuspeita e bem informada - número da edição a ser revelado amanhã.

Anónimo disse...

Não li o livro nem vou ler. Mas estou particularmente interessado na ruína da imagem do MST. Talvez ele se dedicasse a fazer coisas interessantes como aquelas que fez no início da carreira.

any the one disse...

Pelos vistos o homem escreveu mesmo el calhamaço. O mais impressionante é que o boato espalhou-se e as milhares de pessoas que compraram o livro não se lembravam como aquilo começava. Será que o leram?

carlopod disse...

ele diz que quer resolver o assunto à paulada.
vocês não associariam violência ao tipo de pessoa que roubaria?

remiguel disse...

o post está em standby pq um dos princípios que temos que estabelecer é nao dar azo a boatos mal feitos, burros e completamente falsos, nao concordam? Os nossos boatos e informações têm que ser de excelência, merecedores dum qq SGQ ISO 9000!

O livro nao começa como está no tal blogue que eu tenho-o, isto de confiar em blogues anónimos e ter uma fé absoluta na net tem que acabar! deixai-me tempo, deixai-me. De qq modo, o título do post vale por si e dispensa mais texto ;)

carlopod disse...

qual é a edição que tu tens, hã, ó desmancha-prazeres???

remiguel disse...

é a 1a de todas, mas ouvi dizer que o livro foi sendo tão corrigido tal era o volume de erros que é possível que a 256ª seja outro livro, se passe noutro sítio e até comece de outro modo. provavalmente até é já uma história passada na islândia e mantiveram o título tipo marca para vender. é o fenómeno coca-cola, há gente que a bebe aos litros como se aquilo ainda tivesse alguma coca como nos bons velhos tempos e só o que presta afinal é mesmo como cola, para colar paredes do estômago, carpetes ao chão, matar pragas em colheitas indianas ou espermicida na china. i.e., tal como o equador nao já nao é coisa que se leia, a coca-cola tb já nao é coisa que se beba.

remiguel disse...

Impressionante.
apreciei a passagem para uma certa integração subliminar de naturezas vivas numa conceptualmente plena natureza morta.
curiosamente, na interacção entre as substâncias e matérias continua premente a natureza sexual do olhar e a imagem per si desenha uma representação sexual tão visceral, tão seminal, que eu, do alto da minha racionalidade de crítico de arte, tenho que admitir, estou com uma tesão brutal.

Anónimo disse...

Mais novidades de outro blog perto de si:

O começo do livro na edição ontem em causa não é aquilo que surge no blog anónimo, como a fonte citada julgava ser.
O que é escrito (sem aspas e logo não é uma transcrição) para o tal blog é um resumo da primeira parte do livro e como resumo está correcto. Resta saber se o que foi usado do Collins/Lapierre é um resumo ou uma transcrição.
O resto das passagens que se encontram entre aspas estão assinaladas correctamente - contudo, o blog ablasfemia afirma tratar-se de informação histórica. Em nenhuma das biografias de Bhupinder Singh encontrei referências à sua altura ou peso, nem tão-pouco à sua colecção de póneis (encontrei à colecção de medalhas – tida como a maior desse tempo) - mas isto não quer dizer que não exista esta informação sobre o marajá.

Agora a questão que se impõe é o que é plágio???

Na wikipedia: O plágio é o acto pelo qual um indivíduo faz crer aos outros, mesmo que por omissão, que um determinado trabalho intelectual é de sua autoria (isto é, assinando-o com o seu nome sem declarar explicitamente que porção ou porções são pertencentes a determinado autor através de uma referência de rodapé ou melhor, na bibliografia), quando na verdade ele é cópia de algum outro anterior. Tal acto é normalmente considerado anti-ético (ou mesmo imoral, em praticamente todo o mundo), chegando a ser classificado como crime em vários países, especialmente no meio académico.

No Direito Aplicado: O plágio significa copiar, imitar (obra alheia), apresentar como seu o trabalho intelectual de outra pessoa. Reproduzir apenas partes de um texto, sem citar sua fonte é plágio. Se houver citação, porém incompleta, representa apenas uma irregularidade, um descumprimento das normas de citações e referências bibliograficas. A Lei de Direitos Autorais 9.610/98 estabelece que reproduzir integralmente um texto, mesmo indicando a fonte, mas sem a autorização do autor, pode constituir crime de violação de direitos autorais.

E há ainda o conceito de plágio criativo que, segundo Gabriel Perissé em http://br.geocities.com/direitoaplicado/plagio.htm, é “uma imitação inteligente de versos e metáforas, de idéias e frases, de resultados e conclusões de outros autores, e, devo esclarecer, esse processo criativo é utilizadíssimo pelos grandes escritores, que são ao mesmo tempo grandes leitores e descobriram o óbvio: nada existe de novo sob o sol... frase que o autor do Eclesiastes deve ter copiado de algum outro escritor.” E antes frisa: “O plágio criativo perfeito é quando o roubo é seguido de assassinato, e nem precisamos citar a vítima, cuja alma absorvemos e cujo corpo escondemos dentro do nosso próprio texto.” (hehehehe)

Mais novidades mais logo.

PS: amei a tua dissertação remiguel

carlopod disse...

bela investigação, sim senhor.
mas fiquei a saber se o mst plagiou ou não...
acho que devíamos pedir parecer ao gomes canotilho ou ao vital moreira...

remiguel disse...

Bravo cribeira! o gosto que é ver um trabalhinho bem aplicado!
Infelizmente, para chegarmos à conclusão Plágio vs Não-Plágio teríamos de ler ambos os livros. Tenho por aqui o Equador, era para ler por curiosidade e tal e enfim. Mas e a vontade, senhores, a vontade onde anda?

Anónimo disse...

"O dia mais quente de Agosto arrastava-se num silêncio interminável e sonolento sobre os montes alvos que salpicavam as ruas alentejanas de Grândola. Os carros, que usualmente corriam estrada fora, estavam parados há dias; alinhados em espinha. Os jardins, antes verdes-esmeralda, revelavam-se secos, de um amarelo melancólico. Tudo porque a rega tinha sido proibida para fazer face à seca que nesse ano assolava a região.

Os moradores de Grândola, sem nada que lhes ocupasse o tempo, recolhiam-se agora atrás das paredes caiadas, deixando as janelas abertas na esperança de sentirem alguma brisa a invadir-lhes o espaço. O único que teimava em manter-se na rua era um rapaz, que agora aproveitava o silêncio para estar deitado num jardim a pensar em tudo o que lhe acontecera nos últimos anos... Embora, aparentemente, parecesse apenas mais um rapaz, em nada ele era igual a tantos outros. E o seu nome era conhecido em toda a terra: Henrique Oleiro.

Embrenhado nos seus pensamentos, Henrique só se apercebeu do que estava prestes a acontecer tarde demais. Primeiro foi um arrepio que o atravessou. A seguir deu por si a encolher-se. E depois, só depois, deu conta que o ar que circulava à sua volta era mais gelado que o que se encontrava nos frigoríficos, naqueles dias sintonizados no máximo. De um só golpe ergueu-se e, sem sequer pensar nas consequências, empunhou o seu bastão de barro. Ao longe vislumbrou as sombras maquiavélicas que, lentamente, se aproximavam."

Que vos parece??? É plágio, ou não?

carlopod disse...

mas como é que eu sei? comparo esse texto com qual?

Anónimo disse...

LOL
Digamos que depois dos livros virão os filmes que serão um mega-sucesso de bilheteira... Qual série quais quê!
O cenário: a Escola de Olaria de Grândola...

compara-o aqui e vê lá se a ideia não é totalmente original :P