31.10.06

Dia "o forest passou-se com o youtube" #7

Bjork - Pj Harvey - Satisfaction

para este tinha dado um dedo do pé.

Dia "o forest passou-se com o youtube" #6

Bjork and Skunk Anansie - Army of Me (Live)

teria dado um dedo da minha mão para ver este concerto.

Dia "o forest passou-se com o youtube" #5

Space Oddity - David Bowie

de 1969. ainda eu andava sabe-se lá onde. uma das primeiras canções que aprendi a cantar. obviamente a seguir ao like a virgin.

Dia "o forest passou-se com o youtube" #4

Madonna - What It Feels Like For A Girl

Realizado por Guy Ritchie e banido da MTV USA e de vários canais privados e públicos, o final deste video vale bem a pena uma visita.

Dia "o forest passou-se com o youtube" #3

Star - BMW - Madonna e Guy Richie

hehehe - uma outra forma de ver as estrelas.

Dia "o forest passou-se com o youtube" #2

Frozen - Madonna

Chris Cunningham não foi só o autor de "all is full of love" da Björk. realizou também esta pequena maravilha visual que se encontra como um dos melhores videos de sempre. mau grado a música ter sido plagiada a partir da canção “Ma vie fout le camp”, composta pelo belga Salvatore Acquaviva, em 1979. Um tribunal belga proibiu a divulgação do video.

Dia "o forest passou-se com o youtube" #1

The Killers - Bones

O último video de Tim Burton.

"sim gostava muito de fazer um video para vocês. gosto da vossa música"

Aqui está o resultado.

Dia porno


Faltam 72 horas para o DIA PORNO! :-P

Eixo do Mal#1

Nuclear test inflates condom sales as SKoreans find solace in sex

SEOUL, Oct 31, 2006 (AFP) - North Korea's nuclear test has boosted condom sales and bookings at South Korean "love" hotels," a newspaper said Tuesday. Some experts told the Chuson newspaper the developments reflect widespread jitters over the October 9 test, with many people seeking solace in sex. Convenience stores reported that condom sales rose by up to 28 percent in the week after the test, it said. Family Mart, a leading chain of convenience stores, sold 1,930 condoms every day compared to an daily average of 1,508 before October 9, the newspaper said. Sales of instant noodles and fuel gas jumped 9.6 percent year-on-year during the October 9-15 period -- a sign that people are stockpiling, it said. Bookings at hotels have risen sharply, with pay-by-the-hour "love motels" in some business districts enjoying an exceptional flood of guests, according to an online hotel reservations site cited by the newspaper. "The desire to break away from normal life appeared to be increasing in our society in reaction to widespread concerns about North Korea's nuclear program," Dongkuk University professor Lee Yoon-Ho was quoted as saying. The test sparked international condemnation, strong UN sanctions against the reclusive regime and hiked tensions on the Korean peninsula.

Ana Vidigal
















A história da arte em Portugal não raras vezes nos surpreendeu quando tudo e todos se distraíam com défices, guerras, entre guerras, fomes, pestes e outras maleitas ou conjunturas menos favoráveis. Se alguns autores anunciaram a morte da pintura na segunda metade do séc. XX, outros demonstraram que afinal ela estava viva e de boa saúde. O séc. XX assistiu à emergência de novas realidades sociais, políticas, económicas e consequentemente culturais o que obviamente se reflectiu na arte que sempre acompanhou a realidade de cada momento e definiu as vanguardas de cada período. O desenvolvimento da fotografia revolucionou a arte e deu origem a várias correntes estéticas de maior ou menor relevância por um lado e por outro levou a uma alteração de hábitos e costumes no campo da contemplação estética. O acto de tentar entender uma obra de arte estava ultrapassado. O observador não tinha que se esforçar para a entender - a obra é que tinha que se esforçar para ser entendida. A sucessão de imagens fotográficas, que deu origem ao cinema, veio permitir esta facilidade. As necessidades estéticas passaram a ser saciadas frente a uma tela gigante. O observador não tinha mais que pensar. Tudo lhe era dado sem o menor esforço mental. É claro que quem não sabia ler nem escrever teve aqui a sua oportunidade, sobretudo porque lhe foi permitido aceder a uma realidade que estava para além da existência mundana. Se para muitos autores o séc. XX pertenceu à fotografia por excelência, também é certo que a pintura como uma das principais artes que o génio humano cultivou teve os seus momentos de grande importância. A genialidade de artistas como Amadeu de Sousa Cardoso, Columbano, Malhoa, Almada e mais recentemente Julião Sarmento entre muitos outros, asseguraram para sempre, quando não congelaram mesmo, a memória das realidades suas contemporâneas. A arte reflecte o tempo em que é realizada, independentemente do suporte do tipo de conceptualismo, da minimalidade, da arquitectura, das volumetrias, da não arte ou da sua efemeridade estrutural física ou intangível.

Se os homens sempre se destacaram nas diversas áreas relactivas às artes por questões culturais e/ou outras, nem por isso as mulheres deixaram de mostrar que também elas tinham uma palavra a dizer. Na pintura não podemos deixar de referenciar nomes como Josefa d`Óbidos, Aurélia de Sousa, Vieira da Silva, Maluda e mais recentemente Ana Vidigal.

A obra de Ana Vidigal evoluiu significativamente desde o Prémio Revelação de Pintura, com que foi agraciada na III Bienal de Pintura de Vila Nova de Cerveira, no ano de 1982. Não lhe podemos chamar simplesmente pintora. Seria redutor. Muito menos artista conceptual. Aliás, não me parece que a possamos colocar num nicho. Desenho, pintura, colagens são algumas das técnicas utilizadas para materiais vários como plástico, recortes, madeira e tela. A versatilidade é a palavra de ordem. Existe um conceito específico que é mais ou menos evidente em cada uma das obras. O título de cada um dos trabalhos desafia o observador a relacioná-lo com o que está a contemplar. Numa altura em que os consumidores de arte pouco tempo dedicam à fruição de uma obra no sentido de encontrar o seu significado, Ana Vidigal faz-nos parar e tentar perceber o que temos à nossa frente. É como se nos dissesse – Pára. Espera. Não avances. Porque será que este trabalho tem este nome? Tenta entender o meu significado. É uma espécie de convite ao diálogo com a obra. A partir daqui cria-se uma interacção entre obra de arte e observador que o transporta para uma realidade por vezes fantasiosa, por vezes realista e outras vezes ainda literária. Por exemplo nos últimos trabalhos encontramos títulos que parecem saídos de obras literárias como por exemplo “Di-lo meigamente. Desaperta-lhe o cinto” Ainda que possam ser simplesmente frases que cumprem o seu objectivo, transportar o observador para uma outra realidade. Esteticamente as obras aparecem-nos povoadas por uma profusão de cartelas ou vinhetas, análogas àquelas que os egípcios utilizavam para epigrafar o nome do faraó. Ordenadas ou dispostas em formas específicas, preenchidas ou transparentes é certo que estes elementos caracterizam as suas obras. Basta encontrarmos este elemento para de imediato identificarmos a artista. Não há, na maior parte das obras uma preocupação de perspectiva ou de tridimensionalidade. Porém, e apesar da ausência espacial na maior parte dos casos, “O pequeno lorde” rompe essa regra. Uma película bassa, como que desfocada, circunda a imagem de uma pequena criatura antropomórfica. Como se de uma máquina fotográfica se tratasse. A abordagem é totalmente contemporânea. A cada nova série de trabalhos novas técnicas se articulam para criar novos efeitos. Não se tratam de temas estáticos, antes pelo contrário. Aqui e ali surgem programas que primam por um dinamismo notável. As superfícies bidimensionais articulam os vários elementos para uma finalidade estética. Parece este o objectivo a que se propõe. Com uma paleta de cores variadas onde elementos fitomórficos, geométricos e antropomórficos se harmonizam - ou não, em movimentos vários para nos povoar de sentimentos, por vezes contraditórios, a que não conseguimos ficar indiferentes.

Com uma capacidade distinta para ironizar diversas temáticas, Ana Vidigal não é mais uma artista. Ana Vidigal é uma artista a que não podemos nem queremos ficar indiferentes.
A exposição que inaugura no dia 02 de Novembro na Galeria 111 é prova do grande e admirável talento desta notável artista cujos seus trabalhos poderiam, seguramente, figurar nas melhores colecções do mundo. Ana Vidigal apresenta-nos um mundo esteticamente arrojado e pejado de existências criativas, originais e por vezes irónicas. É sem sombra para dúvidas uma das melhores artistas contemporâneas, de primeiríssima água, e já faz parte da história da arte portuguesa.

30.10.06

Alarme Mulher #5



I wish my wife was this dirty
A avaliar pelas revistas femininas, o desejo masculino é um dos temas que mais ocupa o cérebro das mulheres. E a justificar que as cabeças dos homens são bastante mais simples do que o que se quer fazer crer, aqui fica o registo do desejo de um cidadão finlandês. Mais ingénuo e simples que isto é impossível.

Máximas #1

Já tenho suficiente esperma na minha vida. E mais não digo.

O Plágio Está no Meio de Nós


É com certa tristeza que vos venho falar da franca hipocrisia que perpassa nos blogues à volta do assunto O Não Plágio de Miguel Sousa Tavares. É triste admiti-lo, mas na blogosfera o que não faltam são plagiadores e tudo e mais alguma coisa. E, começo a acreditar, cada vez mais, que em cada bloguista há um plagiador, sendo que a maioria deles já o era antes até do nascimento da Internet.

É um desses casos, tristetristetriste, que vos trago hoje; e mais tristetristetriste ainda porque o - melhor, a, plagiadora - integra a comuna deste blogue. A prova está nas minhas mãos e, agora à disposição do mundo. Há muito, muito tempo, essa senhora, tão crítica para os outros (são sempre assim os pobres plagiadores!), decalcou um poema desse celebérrimo desconhecido poeta que é Fernando Pinto do Amaral e publicou-o. O crime está à vista. É de ler e chorar. A cópia, para quem está a par da escrita pungente de FPA, é de uma evidência atroz. Não terá copiado um poema é certo. Mas copiou a estrutura, palavras, a rima, o efeito, o pomo. Pior! Copiou o Espírito. E não pode haver crime mais leviano que copiar o espírito de um poeta. Para minha mágoa, a plagiadora deu-se ainda ao trabalho de assinar FPA, como se fosse dele o próprio empecilho poético, talvez na esperança de poder vendê-lo e pagar mais uma dose.

Tende em atenção que o poema circa 1994. Portanto, há 12 anos, já esta senhora copiava, decalcava, plagiava. Custa-me quase saber que ela está entre nós. Talvez, tendo passado tanto tempo, se arrependa e, num acto de contrição puro, nos passe a mostrar a sua criação original. Porque, agora, desconfio até inclusive dos seus posts e comentários aqui escarrapachados. Não serão também eles plagiados um a um de qualquer sítio? Quando ela diz "gostei!", "lol", "bravo" ou mesmo "olá", serão palavras dela, ou foi fazer o seu pequeno control+C&control+V à Net? A dúvida dilacera, a dúvida fulmina. E, não querendo apontar o dedo à plagiadora só posso acrescentar que assina aqui sob o nome (decerto plagiado) ANY THE ONE.

O Poema-Plágio de ANY THE ONE

O Snack nunca mais foi o mesmo
como se o pastel perdesse o sabor
e o café azedasse a limão
Tinhas uma quinta em Azerbeijão.

A esplanada estava vazia
como uma praia deserta
de Verão, que enche
ao rair do novo dia.

O Simão não estava
Perdi-me no meio do areal
Busquei em cada vaga
o sabor do seu sal.

*Poemas (verdadeiros, presume-se) de FPA. Desconhece-se, porém, se não serão de ANY THE ONE assinando como FPA.

T-Shares #2


Saraiva é um caso clínico. Só o próprio parece não saber. E ainda bem. Caso contrário, não teriamos aquela pérola tresloucada nas manhãs de sábado. No entanto, do ponto de vista prático, seria muito mais eficaz se fosse integrado no Expresso como um suplemento humorístico. Assim todos poderiamos evitar aquela sensação desconfortável de ter de pedir no quiosque "Queria o Sol, por favor." Quando o faço, penso sempre que me seria muito mais fácil dizer "Queria a Gina deste mês, por favor."

28.10.06

Porque não pensei nisto antes?

Quando comprei o semanário Sol pela primeira vez estava seriamente convencido de que só poderia ter conteúdos mais interessantes que o Expresso. O reputadíssimo director, habituado a estas coisas de fazer vender jornais, teria a poção mágica para agarrar os leitores do Expresso e ainda atingir um novo segmento de mercado.

Depois de ler o primeiro número fiquei sem saber o que pensar. Qual seria o objectivo? Não consegui ver nada que se pudesse destacar pela positiva. Ou pelo menos que me fizesse crer que poderia ser um jornal com futuro que poderia, no curto ou médio prazo, retirar clientes ao Expresso. Rubricas como "Famílias Numerosas" era algo que não conseguia entender o porquê da sua existência. À partida era apenas mais um jornal que favorece políticas de direita.

Porém todos estes factos não me parecem nada de extraordinário. Antes pelo contrário. Parece-me bem que a democracia se muna de infraestruturas que permitam o seu desenvolvimento. Mesmo que por vezes tenhamos que assistir ao nascimento de semanários generosamente patrocinados directamente, e sem passar pela casa partida e sem receber 10 €, pela bondade dos seus fiéis representantes na terra - a OPUS DEI.

Pois é meus amigos. Pensava eu que o famoso Código Da Vinci seria um abalo grande na estrutura desta organização. Nada mais errado. Por todo o mundo existe agora, mais do que nunca, uma vontade de intervenção social capaz de mover este mundo e o outro. A parte má é que têm mesmo muito dinheiro para doar a projectos a fundo perdido. A clara influência de direita do Expresso é uma brincadeira de meninos comparada com a proliferação de imagens de enormes famílias felizes em que as mães ficam em casa a cuidar dos filhos e os pais a trabalham para alimentar um batalhão.

post scriptum: por outro lado as famílias numerosas acabam por ser uma ideia interessante. pelo menos tinhamos as reformas garantidas e uma renovação garantida nos partidários do "sindicato".

27.10.06

Alarme Mulher #4

Tia Tatoo
Segundo a imprensa da especialidade, Elsa Raposo, a conhecida tia e futura actriz em filmes de terror, acabou com mais um namorado, pelo que irá remover a sua mais recente tatuagem com o nome deste último, dois meses e meio depois de ter apagado a que tinha o nome do anterior e feito a nova. Eu não sei se vocês têm ideia do complicado que é remover uma tatuagem ou das terríveis cicatrizes que ficam na pele de quem o faz mas, pergunto-me, se é para pôr e tirar, porque é que ela não usa antes post-its?

25.10.06

Gore Feast #1



(as mãozinhas do copy-paste)

Pronto, está provado! Miguel Sousa Tavares plagiou mesmo (amanhã divulgamos qual a edição onde o crime foi perpetrado) .

Ora o sangue de Miguel Sousa Tavares para nós é sorvete.

Agora que temos o sorvete na mão, proponho uma série de castigos para fazer dele banana split. Vocês também podem dar ideias, eu dou o pontapé de saída:

1. convocar uma conferência de imprensa da Margarida Rebelo Pinto e da Clara Pinto Correia a apoiá-lo;
2. sugerir à "Vírgula" que passe a chamá-lo de "Aspas Aspas";
3. propôr aos tais de Lapierre e Collins que interponham uma providência cautelar ao Equador, para o retirar das livrarias;
4. obrigar o próprio a expiar o assunto à auto-paulada (com pau se mata e com pau se morre);
5. demonstrar que as opiniões de Sousa Tavares sobre os homossexuais são afinal plágio do João César das Neves;
6. retirar-lhe os direitos da mini-série;
7. racionar-lhe as mocas.

Bomba! Equador de Sousa Tavares não é um plágio!

(remoção enquanto se efectuam mais profundas averiguações sobre o tema)

24.10.06

Instalação #2


(fotos Gorgulho em frascos de farinha e couscous na Lapa)

22.10.06

Sweet Dreams - Eurythmics


Mas o que teria sido desta música sem a grande Annie Lennox

Sweet Dreams


Não seria justo se não apresentassemos o original

Desenhos animados giros #3


Marilyn Manson - Sweet Dreams

Outros desenhos animados com esta banda sonora: AMV - Hellsing. BD Jap.

Instalação #1

(lata de sumol por sobre tabuleiro de jantar na Lapa)
(cinza derramada por sobre mesinha na Lapa)

19.10.06

Desenhos Animados Giros #2

Um rapazinho muito jeitoso entreteve-se a fazer um vídeo a partir de imagens do Watership Down - vide DesenhosAnimadosGirosI - e meteu-o no YouTube ao som (muito bem escolhido) de sweet dreams by Marilyn Manson. É uma obra-prima.

17.10.06

A quem interessar!


O novo bispo de Leiria é amiguinho. Numa entrevista ao Público diz que não é preciso acreditar no milagre de Fátima para se ser católico. Ficamos muito mais descansados.

A Verdadeira Fada dos Dentes

o udo é tão lindo, quem nao o kier beijá-lo??


roubada em
http://www.wehateyouandyourhorrendous
tasteineverything.com/
users/richard/images/bfd7.JPG

Ontologia Messengeriana #3

A alegria diária de fazer amigos na net

Martins etc etc etc: olá Cátia

Cátia Vanessa: olá tudo bem

Martins etc etc etc: tudo bem contigo

Cátia Vanessa: tudo

Martins etc etc etc: continua tudo bem não é?

Cátia Vanessa: sim...tudo bem

Martins etc etc etc: que tens feito áo fim de semana, tens ido á praia

Cátia Vanessa: não..tenho ficado em casa..

Martins etc etc etc: tens estado melhor da leucemia

Cátia Vanessa: da quê? estás-me a confundir com alguém não?

Martins etc etc etc: naturalmente sim

Cátia Vanessa: eu tive anemia

Martins etc etc etc: sim é issi

Desenhos Animados Giros

Eis uma imagem que me comove até à ponta dos caninos




É de uns desenhos animados muito giros: Watership Down, em pt A Terra Prometida (passa nuns horários quaisquer da Dois no tempo dos mais novos). Mais info: há uma celebérrima canção (que me comove até aos caninos tb) chamada Bright Eyes, penso que da BSO da versão em filme e cantada pelo Art Garfunkel. E fique-se a saber que é o livro mais vendido de sempre da colecção da Penguin. É que é mesmo bonita a imagem, hein?

15.10.06

E porque o outro dia me lembrei do 25 de Abril

E porque o outro dia me lembrei do 25 de Abril

Que belo documento histórico.

Santa Grace Jones de la Vanguarda

A vanguarda das vanguardas.

Grace Jones - I've Seen That Face Before (Libertango).

E porque o mundo não seria o mesmo se um dia não tivesse existido uma mulher chamada Grace Jones.

Grace Mendoza, nasceu na Jamaica em data que continua a ser um mistério. Algumas fontes acreditam que possa ter sido a 19 de Maio do ano de 1948, porém permanece a incerteza.

Manequim, cantora e atriz é, ainda hoje uma das personagens mais carismáticas do mundo da música. A aparência andrógina e exótica que ainda hoje cultiva valeu-lhe um lugar na história e inúmeros convites para participações em filmes e duetos com alguns dos pesos pesados do mundo da música. O inglês Tricky foi um deles.
Bjork - All is Full of Love

A minha primeira incursão por este mundo fantástico do youtube, só podia terminar na escolha de um dos melhores videos de sempre alguma vez feitos para o mundo da música.
Chris Cunningham - o homem que realizou esta pequena maravilha visual.

14.10.06

Achtung Oxford*

Ementa Alentejana para Turista Americano
(contribuição de Miss Cari)



:Completa:



*Oxford = Toiro Adulto Castrado da Marca Ford

11.10.06

Orelhão Crítico #2: José Cid


Já sei que boas almas, de muitos bons gostos, se apressarão a zurzir-me, mas, eia!, tende calma! Venho falar-vos do maior ícone da música popular portuguesa, José Cid, a propósito do "petit showcase" que ele vai fazer amanhã no Vivámusica da Antena 1, a partir das 3 da tarde.

A mesma geração que põe nos Tops as bandas que fazem música para telenovelas, musicalmente a pior geração de sempre, é a mesma que desanca em José Cid, porque olha para ele e vê um homem de 60 e tal anos, ridículo, de capachinho, olho de vidro e perna de borracha e não um rapaz cool, musculado, de crista e com óculos escuros menos vintage que os de José Cid. É uma geração que aprova o que ouve depois de aprovar o que vê.

José Cid é o expoente máximo da música popular portuguesa da segunda metade do século XX. Nos anos 60, no tempo do Quarteto 1111, trouxe a vanguarda da pop beatlesca para Portugal e sons diferentes daqueles a que o público estava habituado, com reflexos psicadélicos, através de músicas como "El Rei D. Sebastião". Depois, deu um cunho português ao rock progressivo dos Yes e dos Pink Floyd, com músicas como "10000 Anos Depois Entre Vénus e Marte". Conseguiu internacionalizar-se com os Green Windows, nos anos 70, recebendo prémios internacionais como o prémio Yamaha em Tóquio, com "Ontem, Hoje e Amanhã" e depois a solo conseguiu o melhor lugar português de sempre nos Festivais da Canção (com "Um Grande Amor").

José Cid é também um poeta e um filósofo incompreendido: quando numa canção de amor, encena uma conversa entre cônjuges e a certa altura a senhora pergunta: "Não sei viver sem ti amor, não sei o que fazer"...e o fiel marido responde: "Faz-me favas com chouriço, o meu prato favorito!", José Cid mostra aqui influências degenerativas existenciais, apoiadas numa meta-avaliação redundante e intemporal, que poucos se preocuparam por tentar entender. Quando diz "como um macaco gosta de banana eu gosto de ti" José Cid mostra também que sabe o que tem valor. Se consegue safar-se com isto e até ser admirado por isso, então José Cid é um génio.

Quando o país enfiou a carapuça de colocar o horroroso Rui Veloso como pai do rock'n'roll português, José Cid, o verdadeiro progenitor, teve a humildade de dizer "se o Rui Veloso é o pai, então eu sou a mãe".
Digno de um Rei!

10.10.06

Ratzy Fan Club #2


Cobertura de uma cerimónia de ficção científica numa galáxia muito, muito distante...

9.10.06

Ratzy Fan Club #1


Lembrando o momento da sua eleição, inauguro aqui uma secção dedicada a Sua Santidade o Papa. Pronto, confesso, o Papa fascina-me. É como se me hipnotizasse, sei lá.

Alarme Mulher #3


Pra quem não pode ter um carlopod

Para satisfazer o nosso público feminino, que não pára de me assediar e a quem tenho mais dificuldade em dar vazão, inventei este gadget.

Orelhão Crítico: Marisa Monte



Já sei que boas almas, de muitos bons gostos, se apressarão a zurzir-me, mas, eia!, tende calma! Venho partilhar com vocês o mais recente disco da Marisa Monte. Aliás, dois: chamam-se Infinito Particular e Universo ao Meu Redor.
São muito simplinhos, mas, claro, como se nota pelos títulos, são trabalhos conceptuais com elevadas aspirações. Nos dois discos, já encontrei duas canções que me sabem bem. Há dias assim. É certo que um versinho ou outro atrapalha; é certo que a vi ao vivo no Coliseu dos Recreios há uns anos e achei uma seca cor de rosa; é verdade que mal escutei os últimos discos que me soaram aborrecidos; mas admito que tenho uma pancada por ela. Há coisas assim. Acho que por causa de ela me ter acertado quando eu era pequenino com um disco todo jeitoso com músicas antigas - penso que levava como título só o seu nome. A verdade é que aquilo me conquistou e ainda hoje me bate bem (admito um gosto particular por Preciso me Encontrar, Comida, Ando Meio Desligado e a sua versão de Bess, You Is My Woman Now).
Agora, decidi-me a ouvir o(s) novo(s) disco(s) e aconselho a quem não se aborrece com albúns conceptuais minimalistas. Do príncipio ao fim é sempre o mesmo som, o mesmo dizer, o mesmo cantar. Há, isso sim, uns versos ou outros melhor burilados, a voz ainda mais assereiada aqui e ali e uma bondade brasileira (só para quem gosta) que trespassa tudo. A mim, está a saber-me bem. Soa-me ao sabor de bolachinhas maria em chá de limão, ao gosto de um chá de cereja preta (achado no elcorteingles, uma pérola), (preparem-se para o lugar comum que é dos bons: àquelas caipirinhas em final de tarde de verão num bar bonito enterrado na areia de uma praia semideserta, a certos nasceres do sol, quando ele nasce mais tremidinho e acalorado; à vista do tejo a ondular desde certos terraços. Soa-me bem, portanto (e provoca-me sinestesia, como se cheira).
Mais: a Marisa Monte é gira, tem bom gosto (admito, talvez menos numa música ou noutra - ou em muitas músicas, pronto), é esperta e até inteligente, até mais, é sabiá, tem voz de sereia e canta docinho. É só para quem é guloso (o disco depois enjoa) e não lhe guarda ressentimentos por aquelas músicas de chôpingcentre que faz de vez em quando.

6.10.06

Fóruns #1

A Vanessa tem um pai, uma mãe e uma família. Mas foi violada pelo pai dos 4 aos 12 anos, com o silêncio cúmplice da mãe. Concorda com a adopção de crianças por casais heterossexuais?

Instigado pelo meus raros impulsos cívicos, resolvi meter-me ao barulho num fórum do
Expresso. Tema: Concorda com a adopção de crianças por casais homossexuais?
Aqui fica o comentário.

Obviamente que concordo e por duas razões muito simples:

1. A capacidade e o desejo de ser pai/mãe não é definido nem condicionado pelo género ou pela orientação sexual;

2. É uma aberração social que um Estado mantenha uma criança a viver numa instituição quando existem cidadãos psicologica e financeiramente aptos a oferecerem a segurança de uma família a essa mesma criança.


Os habituais argumentos de quem é contra, que falham continuamente por erro de perspectiva, só reforçam a minha posição.

1. A questão das crianças com pais do mesmo sexo serem gozadas na escola. É uma questão bastante curiosa, porque se parte do princípio que é normal ridicularizar a vida e as escolhas dos outros. E isto, sim, é uma aberração. O problema não é a adopção mas sim a ausência do princípio de respeito pelos outros com que os pais, heterossexuais, diga-se, educam os seus filhos. Normalmente, estes "excelentes" pais/educadores esquecem-se que eles próprios (na verdade, toda a gente pode) podem ser (e hão-de sê-lo por alguém) ridicularizados pelas mais diversas condições pessoais.


2. Aumenta a probabilidade de abusos sexuais. Este argumento, que normalmente parte da premissa que um homossexual não consegue olhar para um miúdo sem segundas intenções, só pode ser causado por cegueira. A larga maioria dos casos de abuso sexual sobre crianças ocorre dentro da família, aquela que a maioria considera o modelo ideal para uma criança, e é exercida sobre meninas. Tendo em conta este facto, que deveria fazer o legislador? Proibir que os casais heterossexuais tivessem filhos? E a sociedade? Ridicularizar essas crianças nas escolas? Brindá-las com perguntas do tipo "Então ó Vanessa, o teu pai já te violou hoje?"


3. Os filhos de pais homossexuais virão a ser, naturalmente, homossexuais. Esta teoria também é muito curiosa porque desmentida por casos e dados estatísticos concretos. Por outro lado, oculta uma questão muito importante e que influencia mais do que se pensa a discussão: a aceitação da homossexualidade está ao nível da aceitação de uma doença crónica. Ou seja, no fundo teme-se que tendo dois pais do mesmo sexo que essa enfermidade seja contagiosa e passe à criança. De qualquer forma, a esmagadora maioria dos homossexuais cresceram em família tradicionais, por isso talvez fosse conveniente proibir por decreto que os heterossexuais tivessem filhos. A Dinamarca, que permite a adopção, realizou um estudo científico sobre o assunto. O resultado, como seria de calcular, conclui que é impossível estabelecer qualquer relação causa / efeito.


4. É necessário para o crescimento saudável de uma criança a presença de um pai e de uma mãe. Pergunto-me o que é que isto quer dizer. O que é que, hoje, em 2006 isto quer dizer. Exemplo: Eu conheço casos de casais heterossexuais que resolveram ter um filho numa tentativa desesperada para salvar um casamento. Pergunto-me se alguém lúcido acha que isto é razão para ter um filho. É normal que estas famílias acabem desfeitas ou disfuncionais e claro que quem sofre mais com isto são os filhos. Mas a lei permite porque considerará que isto é uma coisa absolutamente natural. Se olharmos racionalmente para os exemplos que temos à nossa volta, questiono-me se será mesmo verdade que a existência de um pai e uma mãe é condição sine qua non para um crescimento saudável. Presume-se que todos que cresceram sem um dos progenitores ou sem uma das figuras paternas não são saudáveis.

Por todas estas razões, parece-me que a questão colocada desta forma é enviezada e autista. Porque quem é contra não está a pensar nas crianças em primeiro lugar mas na defesa das suas concepções morais. E, bom, concepções morais temos todos, e todas elas podem ser questionadas e ridicularizadas. Mas não posso aceitar que isso seja um critério para o que quer que seja. No entanto, sou a favor de critérios rigorosos na avaliação dos processos de adopção. E sinceramente, por vezes, até penso que deveriam ser extensivos a uma eventual autorização para ter filhos. Porque há pessoas (hetero, homo, bissexuais e etc) que seriam excelentes pais e são impedidos por leis ultrapassadas e pejadas de falsos moralismos ou por processos burocráticos cabotinos. E há gente que tem filhos, naturais, que deveriam pura e simplesmente ser proibidas de o fazer.

Em conclusão, o importante é a criança. Ir investigar os lençóis dos candidatos a pais não é missão para um Estado Democrático de Direito.

Alarme Mulher #2


Vá lá, nem tudo é mau

Com o excesso de tempo que tenho para me concentrar em temas frívolos, eis que surge mais um.
Estou em condições de vos dar a notícia de que a Moda Lisboa é este ano no Museu da Electricidade. Vai daí, o tema só podia ser Energy. Assim mesmo, em inglês e tudo. Nada menos fútil podia sair daquelas cabecinhas inspiradas.
Consta que, empurrada por amigos, a criadora Lara Torres decidiu levar a analogia até ao fim e vai electrocutar na passerelle todas as suas modelos (na foto a sua criação-sensação Electric Chair, da colecção Primavera/Verão 2007).
Quem não vai perder pitada desta vez sou eu.

4.10.06

Alarme Mulher #1

Nova coluna com novidades nacionais e internacionais, sociedade, televisão, saúde, bem-estar, boas maneiras, sexualidade, família, moda e beleza, destinada à mulher moderna, mulher que é mulher, mãe, profissional e amante.

Hoje:
Natascha, a malcriada


Deus sabe o quanto é difícil ser mãe. Li agora que Natascha Kampusch, a rapariga austríaca que foi sequestrada dos 10 aos 18 anos, mal foi devolvida à família, quer já ir viver sozinha! Imaginem as leitoras o sofrimento da mãe, que não consegue ter mão numa filha ensimesmada, com a mania que é o centro das atenções, desavergonhada e mal-agradecida. Já sabíamos que a rapariga era manipuladora mas, decididamente, continua na idade do armário. Para mim, a solução era fechá-la no quarto.

3.10.06

T-Shares #1


a t-shares é uma nova secção deste parado blog e que vem ao encontro do mais profundo espírito de serviço público. o nosso objectivo altruísta é oferecer bonecos ao povo para fazerem as suas t-shirts. devido à minha cultura de base anglo-saxónica, igualzinha à da maria filomena mónica, vejo-me obrigado a utilizar um nome em inglês, com a firme esperança de que chegue pelo menos a oxford como uma bomba. o slogan, porém, é português e inspirado na minha vendedora preferida da clock fair: t-shares, t-shirts para o povo.