Quando comprei o semanário Sol pela primeira vez estava seriamente convencido de que só poderia ter conteúdos mais interessantes que o Expresso. O reputadíssimo director, habituado a estas coisas de fazer vender jornais, teria a poção mágica para agarrar os leitores do Expresso e ainda atingir um novo segmento de mercado.
Depois de ler o primeiro número fiquei sem saber o que pensar. Qual seria o objectivo? Não consegui ver nada que se pudesse destacar pela positiva. Ou pelo menos que me fizesse crer que poderia ser um jornal com futuro que poderia, no curto ou médio prazo, retirar clientes ao Expresso. Rubricas como "Famílias Numerosas" era algo que não conseguia entender o porquê da sua existência. À partida era apenas mais um jornal que favorece políticas de direita.
Porém todos estes factos não me parecem nada de extraordinário. Antes pelo contrário. Parece-me bem que a democracia se muna de infraestruturas que permitam o seu desenvolvimento. Mesmo que por vezes tenhamos que assistir ao nascimento de semanários generosamente patrocinados directamente, e sem passar pela casa partida e sem receber 10 €, pela bondade dos seus fiéis representantes na terra - a OPUS DEI.
Pois é meus amigos. Pensava eu que o famoso Código Da Vinci seria um abalo grande na estrutura desta organização. Nada mais errado. Por todo o mundo existe agora, mais do que nunca, uma vontade de intervenção social capaz de mover este mundo e o outro. A parte má é que têm mesmo muito dinheiro para doar a projectos a fundo perdido. A clara influência de direita do Expresso é uma brincadeira de meninos comparada com a proliferação de imagens de enormes famílias felizes em que as mães ficam em casa a cuidar dos filhos e os pais a trabalham para alimentar um batalhão.
post scriptum: por outro lado as famílias numerosas acabam por ser uma ideia interessante. pelo menos tinhamos as reformas garantidas e uma renovação garantida nos partidários do "sindicato".
28.10.06
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
8 comentários:
trocando por miúdos, acho que o forest esta a tentar dizer-nos que o Sol é financiado pela Opus Dei.
Não me admira nada; aliás só assim é que compreendo este artigo do arquitecto Saraiva, que me fez cair o queixo:
http://sol.sapo.pt/blogs/jas/archive/2006/10/14/
Uma-cultura-da-morte.aspx
Nao por percebo! Eu estou encantado com o Sol e este ilumina-me não só os sábados, mas todos os meus dias (nem admito comentários ao meu comentário!)
curioso! sempre pensei que o sol seria financiado pela associação de pais e amigos da pessoa com deficiência mental... mas a opus também faz sentido. essa gente sempre foi tão sensível com os mais desfavorecidos.
não acredito em nada destes boatos maldizentes. cada vez mais desconfio que há aqui uma trupe lobista contratada pelo expresso para criticar o Sol. Sol Rules! Opus Solis, Solis Dei!
E não me façam afiar a pena ... para falar do Saraiva e das informações privilegiadas que ele tem e que só vêm a luz do dia de acordo com as suas conveniências e as dos amigos.
assim não vale, forest.
se sabe, é para contar. neste blog a verdade não é semente bichada, que não germina na terra onde é semeada.
Que belo poema.
Estou à espera da comunicação avançar com as novidades. Não gosto de ser a candeia que vai à frente. POsso apenas adiantar o assunto - casa pia.
O Sol é patrocinado pela Casa Pia? Hum...percebo a ligação.
Enviar um comentário