"e não haver gestos novos nem palavras novas!"
Foram estas as últimas palavras da Florbela Espanca no seu diário, a 2 de Dezembro de 1930. Cinco dias depois, no dia de seu aniversário, suicidou-se em Matosinhos, ingerindo uma dose excessiva de Veronal. Tinha 36 anos.
Os blogs são os diários do século XXI. Como este blog é muitas vezes acusado de ser impessoal, decidi passar a escrever aqui o meu diário. Não mais do que um parágrafo por dia. Só partilho o que é mesmo relevante para mim e que considero extremamente interessante para os outros.
Hoje, 4 de Maio de 2007, antes de entrar no carro comprei um pastel de nata. Dei-lhe uma dentada e coloquei-o no assento ao lado do condutor. Na primeira esquina, o pastel de nata rebolou. Quando o apanhei, estava cheio de cabelos que não deviam ser meus e havia nata derramada na porta e no chão entre o assento e a porta. O assento tinha vestígios do folhado, que se desprenderam. Apanhei-o com todo o cuidado. Tenho-o aqui. Ainda não decidi o que lhe vou fazer.
4.5.07
Querido Diário
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
7 comentários:
não sabias que os paisteis de nata se comem apenas com uma dentada?
tendo em conta o interesse geral e a nossa curiosidade científica comum penso que o melhor que lhe tinhas a fazer era um teste de adn
uau. temos escritor. acho que vou gostar desta nova rubrica.
lembra-te da velha máxima: "o que não mata engorda". se estiveres numa de engordar uma "beka" - come o pastel; se não, tens várias hipóteses: podes vendê-lo no ebay e dizes que viste a irmã lúcia na parte da nata; tiras os cabelos, os fulículos púbicos e outros que certamente abundam no teu veiculo e comes ou jogas fora porque já deve estar duro.
vocês são muito engraçadinhos mas eu gostava de esclarecer que EU NÃO TENHO FULÍCULOS PÚBICOS NO MEU CARRO!
eu obrigava o indíviduo que cospe para o chão e bate na mulher a comer o resto do pastel de nata e a limpar o carro com a língua.
há pessoas que acham o blog impessoal? disparate...deita lá o pastel fora, eu compro-te outro...tanta coisa por causa de 60 cêntimos
vê-se logo que certamente o carro não te custou a pagar, meu grande porco, piroso e badalhoco. E o pastel deves te-lo mesmo comprado, meu unhas de fome, roubaste-o mas é certamente a uma criança pobre, e descalça, que distraiste com gestos lúbricos.
josé manuel
Enviar um comentário