A RTP comemora 50 anos esta semana. A sua maior bandeira para a comemoração desta data histórica pode transformar-se, também, num dos seus piores pesadelos. O programa "O maior português de sempre". Historiadores da nossa praça assinaram um abaixo-assinado contra a continuação deste programa que apelidam de surrealista. A primeira pessoa a assinar foi um dos mais importantes historiadores portugueses, o medievalista José Mattoso. A questão que se coloca são os adjectivos atribuídos às personagens. A indignação é total. Por exemplo: Fernando Pessoa "alienado"; Salazar "ditador ou salvador".
Salazar ... salvador? de quem? do quê? Se se estão a referir ao facto de não termos entrado na 2ª GG, já alguém ouviu dizer que a guerra é a higiene do mundo? Pois Portugal não viveu essa fase higiénica. Passou ao lado assim como passou ao lado de tudo aquilo que está subjacente a uma boa higiene.
Fernando Pessoa ... alienado? porquê? por ser genial? por 95% dos portugueses não entenderem a complexidade do seu pensamento? ou será que é melhor não admitir que os portugueses não têm capacidade intelectual para entender o génio literário deste grande poeta?
Parece-me que os 50 anos da RTP vão ficar na memória dos portugueses por outras razões que não as melhores.
4 comentários:
O Tempo, que envelhece as faces e os cabellos, envelhece tambem, mas mais depressa ainda, as affeições violentas. A maioria da gente, porque é estupida, consegue não dar por isso, e julga que ainda ama porque contrahiu o habito de se sentir a amar. Se assim não fosse, naão havia gente feliz no mundo. As creaturas superiores, porém, são privadas da possibilidade d'essa illusão, porque nem podem crer que o amor dure, nem, quando o sentem acabado, se enganam tomando por elle a estima, ou a gratidão, que elle deixou.
o homem é mesmo genial.
obrigado!
relativamente a Salazar lembro aos senhores o agradecimento das mães de portugal a Salazar.Até tinha uma estátua, mais tarde roubada pelo povo incauto. As mães merecem respeito, e não apenas por terem cona como as outras mulheres mais simples. jose manuel
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