Nu Rave. É a nova onda que grassa por essa Europa fora. Uma nova lufada de ar fresco que ressuscita o tecno puro e duro pontuando-o, aqui e ali, por sonoridades electro, sobretudo nos momentos que antecedem a loucura.
Londres parece ser o local que mais vive esta nova estética musical. Não conta apenas o ir a um clube ouvir, ver e dançar, existe mesmo um ritual que pode passar por semanas de preparação para sair durante umas horas. Tudo depende da paranóia de cada um. Nada importa e tudo vale. Vale mesmo tudo: maquiagem quase obrigatória, roupas estranhas de marca ou da feira, muita cor ou nenhuma, cabedal, correntes, betos, punks, feios, bonitos, com drogas, sem drogas, sem preconceitos e ninguém virgem. Parece haver apenas um objectivo: DIVERTIR.
De um desses clubbers londrino, de seu nome Raipe, gostaria de deixar aqui um excerto de uma entrevista (na DIF de Março). Covém dizer este pode ser um daqueles que não paga entrada EM LADO NENHUM e conhece toda a gente.
Começa por não dizer a idade. E quando olhamos para a fotografia tanto pode ter 16 como 40. Honestamente. A sua profissão é assistente pessoal de um tipo. (infelizmente não me foi possível arranjar foto).
P: Quanto tempo demoras a arranjar-te para sair à noite?
R: O dobro daquele que passo no próprio clube. Parecer bem não é uma coisa natural, é uma habilidade.
P: O que nunca esqueces de trazer contigo?
R: Desde que tenha um espelho e um molho de notas nada mais interessa. Se por um acaso me tiver esquecido de alguma coisa, bebo gin até não me importar mais com isso (esta parte é a minha preferida, lol).
P: O movimento dos neo-românticos diz-te alguma coisa?
R: Nada. Qualquer movimento que envolva um vasto número de pessoas devia, provavelmente, ser amplamente ignorado. A cristandade é um bom exemplo.
P: Fala-nos de um dos teus prazeres da vida?
R: Cigarros. Toda a gente é muito anti cigarros agora. O meu avô fumava 50 cigarros por dia, tem agora 80 anos e está óptimo! Não estou a dizer que são bons para a saúde, mas quando uma gordalhufa me começa a enervar, a dizer-me para não atirar com o fumo na sua direcção, ao mesmo tempo que enfia um éclair de chocolate pela goela abaixo com uma lata de cola diet, não podes deixar de pensar que se calhar as pessoas deviam reparar nos maus aspectos do seu estilo de vida antes de me pedirem para olhar para os meus.
12.3.07
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3 comentários:
bem.,... que.... bem... antropológico.. bem
tá fix mas o pessoal quer é saber qual é a droga associada ao nu rave, meu, não é a puta-que-o-pariu da nova estética musical. tá-se?
mas podemos falar aqui em drogas? ele só precisava de um molho de notas e de um espelho. isto pode dar uma ajuda do tipo de drogas que ingeria (ainda que não fosse a droga da moda).
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