26.12.06
Floribela
Classificados
21.12.06
20.12.06
Natal: Ruuff
(post-nota: vídeo corrigido, era este, naturalmente)
Postais Natal Grátis II: Dona Maria
Um trabalhinho da pequena sara schnelle. já agora, está à venda por 5 mil dls o original, nada caro para quem quer alegrar a sala. o mais giro são os estudos para o quadro.
18.12.06
Prendas de Natal I: Orgasmos
Que melhor prenda para dar a alguém neste Natal que um orgasmo? Afinal, o Natal e o orgasmo estão tão intimamente ligados. É verdade que o orgasmo pode ser quando o homem quiser (e a mulher, válá), mas o Natal também. Mas, como sabemos, nem sempre o tempo ajuda a vontade; ele é o trabalho, a vida, o clima, o trânsito, as drogas, enfim, o quotidiano que não nos permite dar um orgasmo sempre que queremos àqueles que mais amamos. Logo, por não aproveitar o Natal para dar um Orgasmo a alguém? Ainda por cima, é grátis.
Aliás, até se pode antecipar a oferenda e entrar na grande corrente orgasmática mundial do próximo dia 22 de Dezembro que promete abalar o mundo numa erupção de energia positiva que poderá vir a alterar a rotação do planeta. Neste momento, faltam 3 days, 20 hours, 05 minutes, 34 seconds (mais ou menos) para o Global Orgasm. Todos os sinaleiros deste sítio já aderiram à iniciativa (eu, aliás, já aderi ontem e hoje, mas na 6a contem comigo outra vez). Ei, malta, devíamos era combinar uma hora, não? Eles dizem que pode ser a qualquer hora desse dia, mas era giro estarmos sincronizados.
pic by mr. erwin olaf
Postais de Natal Grátis I
para saber o contexto da coisa é clicar Cortesia Mediabistro
As belas e os monstros
Não tendo lido nenhum dos livros, não me sinto muito à vontade para fazer crítica literária a "Ferida de Amor" e a "Eu, Carolina". Até porque já toda a gente se pronunciou sobre o assunto. Julgo, no entanto, que falta discutir um tema: se elas mereceram as sovas que foram levando ou não.
Não tendo ainda formulado uma opinião, como muitos de vós, venho tentar guiar-vos, pedindo-lhes que me acompanhem um pouco no raciocínio:
1) Casamento por amor ou por interesse?
Ora bem. José María Tallon e Jorge Nuno Pinto da Costa não são propriamente uns Adónis. Eles podem não o saber mas, sendo pessoas inteligentes e com espelhos em casa, é natural que intermitentemente tenham questionado se elas estariam com eles devido à sua beleza física ou se, pelo contrário, estariam por dinheiro. Pergunto-me eu: porque é que as senhoras não casaram antes com o guarda-costas?
2) Incompetência?
José María gostava de mulheres magras, tinha e tem aliás por profissão "desarmonizar" as hormonas das mulheres, através de dietas milagrosas para as emagrecer. Terá a rechonchuda Catarina feito algo para o agradar? Se fez, não está à vista!
Jorge Nuno, por seu lado, gosta de usar de bateria pesada para obrigar as pessoas a fazerem o que ele quer. Carolina, no seu livro, faz quase uma confissão de incompetência, quando diz que quando o marido lhe pediu um favorzinho de "limpar" um dado autarca (expressão ainda não desmentida), ela apenas conseguiu um braço partido e umas escoriações na cabeça. Terá Carolina feito tudo o que podia para merecer o amor do marido?
3) Cara boa para a chapada?
Quanto a Catarina Tallon, não vou perorar sobre o assunto, a resposta está à vista.
Carolina, por seu turno, tem uma cara mais normal, mas maquilha-se sempre de maneira a realçar as olheiras, pelo que parece sempre que acabou de levar uma sova. Não sei se é de propósito, mas que parece estar a pedi-las, parece.
4) Fiéis?
José María juntou ao seu pedido de divórcio um relato das infidelidades da sua mulher, curiosamente todas elas com nomes conhecidos: o do cantor Miguel, do duo Miguel e André, do fotógrafo Nereu Alves, de um administrador do “Jornal de Notícias”, de um médico italiano e mesmo o de um outro médico, colega de Tallon no consultório. Se vós estivésseis no lugar de Tallon, ao saber que nem que fosse por uma hora, a esposa vos tivesse trocado pelo duo Miguel e André, o que lhe faríeis
Quanto a Jorge Nuno, não sei se a mulher lhe foi infiel ou não mas, atendendo ao seu passado de profissional de casa de alterne, dá para ter uma ideia, já que não há conhecimento de que ela lhe tenha entregue na altura o pedido de estatuto de "arrependida".
5) Pecadoras?
A lista dos sete pecados capitais é a seguinte:
-gula;
-avareza;
-orgulho;
-luxúria;
-preguiça;
-ira;
-e inveja.
Na análise deste item não creio que os nossos leitores precisem de orientação.
Não tendo ainda chegado a uma conclusão definitiva, relativamente à tese em apreço, continuo a deixar nas mãos de cada um dos leitores a possibilidade de terem um juízo próprio, na esperança que tenhamos contribuído para a sua formação.
12.12.06
Repórter Alarme vê Fórum Porto: A Mulher Carolina
“Essa senhora foi baixa. A Dona filomena, que não conheço, mas pessoas minhas amigas conhecem, nunca veio contar nada, não é como esta."
“Eu como sócio xxx do FCP, já estou habituado a tantas cabalas contra o Porto. E o livro vai sair quando o FCP se prepara para os Campeoes Europeus. Essa senhora se tinha algo a dizer, estava calada. Não é a mandar cabalas para a opiniao publica. Eu como asociado do FCP confio no presidente do clube. Aquilo que venha à baila nao me diz respeito. Se fosse como ela disse, o amor prevalece, e estava calada. Se fosse uma senhora honesta, estava calada.
"Penso q poderá haver por trás disto qualquer outra coisa obscura"
"Essa senhora nao tem credibilidade. é uma senhora de baixo nível.foi buscá-la a uma casa de alterne, segundo consta. é um pássaro ferido na asa, e na boca. uma prostituta como esta senhora nao tem credibilidade nenhuma"
locutor: peço que pormenores do foro íntimo do casal não sejam aqui abordados.
"Sou portista 100%, lamento o q se está a passar. o sr PdC foi-se meter com uma pequena que não tem princípios. pq se tivesse não vinha ao fim de tanto tempo contar. É muito baixa. Se amasse mesmo o sr. PdC e se alguma coisa se tivesse passado que ela estivesse por dentro do assunto, ela nao devia ter divulgado nada"
locutor: a pergunta nao tem a ver com o carácter de CS mas se as acusações têm credibilidade.
"Acho q nao têm. é uma vingança. uma senhora não se baixa tanto"
"Em primeiro lugar, queria dizer a todas as mulheres deste país, que felizmente para nós homens há poucas CS. Este livro nao entra, eu nao gosto destes livros, de ficção e assim, eu nao gosto"
"Esta mulher nao tem credibilidade, esta mulher que não o é, esta pessoa é qualquer coisa que nem quero saber o que é"
Sr. Excepção: "Algo de verdade tem de haver; não é só ela que tem vindo a falar nisto"
"Ela está a enxovalhar-se a ela própria. tenho pena que existam mulheres assim no mundo"
"Ela devia guardar, não revelar a vida particular dela. Quer rebaixar um super-homem"
locutor: a pergunta nao é se CS devia ou nao ter editado um livro, não estamos a fazer uma revista cor de rosa, a pergunta é se podem ter ou nao credibilidade as afirmações
"Não devia ter publicado nada sobre esse senhor, que ele é um grande senhor"
"Livro pobre, miserável, grito de raiva, uma polémica que deveria acabar, não traz nada de bom ao país. Há interesses por trás neste livro"
"É um livro para o lixo"
"Ela tem alguém por trás"
"Isto com um senhor que merece todo o nosso respeito"
"É isto liberdade de imprensa? há tanta gente que gostava de publicar os seus livros, os seus poemas e não têm estas condições. Eu conheço muito bem e até já fui empregado no sítio onde essa senhora trabalhou. o sr PdC teve muito azar"
"Ela devia estar era no caixote do lixo. É uma.. eu até acrescentava aqui uma palavra....
locutor: peço que se contenha.
11.12.06
Coreia do Norte: um país sem sida
"A Coreia do Norte não tem um único caso de sida graças à sabedoria do seu Querido Líder: «Com a sabedoria de Kim Jong-II (a Coreia do Norte) elaborou uma estratégia de prevenção e de controlo da sida que engloba sistemas de informação, diagnóstico, de vigilância e de despistagem em todo o país», congratula-se o orgão oficial do governo, Mingu Joson. Assim, tomaram-se medidas para não permitir o aparecimento de um único caso de sida, assegura o jornal, citado pelo Le Soir"in Le Courrier Internacional ed. Portugal
Realmente, é um país mirabolante.
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--> http://www.karnight.com/
Vídeo: Abram Alas para os Moonspell
8.12.06
Video: A Melhor Canção Portuguesa de 2006
4.12.06
Língua: Redux
Mas os director's cut são sempre mais looonnngos, qual a logica de se chamarem "redux"?Ora isto vem a propósito do loooonnngo Apolacypse Now Redux ou do dito O Exorcista Redux. O que acontece é que redux é o, digamos, petit nom, do termo latim reducere, que significa algo como "trazido de volta"/ "regressado" e por aí. Da mesma palavra latina vem o termo que confunde as ideias do inquiridor: reduzir. Mas, surpresa!, eis que reduzir, pois, significa em primeira instância "tornar menor", mas pode também significar "fazer voltar ao primeiro estado" - i.e., não necessariamente menor, mas, melhor dizendo, mais primordial, mais essencial, trazendo de volta o estado iniciático. Daí aos, regra geral, manientos e ostensivos director's cuts é um passo. Para bem da cultura geral, diga-se que há livros Redux (Rabbit Redux, de J Updike), havia um medicamento para anorécticas profissionais chamado (e muito bem) Redux e, claro, usado como "versão" ou "2.ª leitura" o termo integra títulos de muitas obras artísticas.
(in http://alarmequizzes.blogspot.com/
2006/12/
terror-malinha-de-brinquedos.html)
Quizmania
Um tema diferente por semana, com resultados às sextas.
Tema desta semana: TERROR.
2.12.06
30.11.06
Alarme aborto: a campanha do não
«Os olhos azuis da minha irmã
No último Prós e Contras, a eurodeputada Edite Estrela considerou que o
aborto poderia ser legítimo, caso a mãe descobrisse que a criança era
portadora de trissomia 21.
Eu tenho uma irmã com olhos azuis. Chama-se Mónica, tem 22 anos e tirou o
curso profissional de Serviços Básicos de Hospitalidade.
Trabalha hoje numa pastelaria de Lisboa. Os olhos dela são lindos e ela é
educada, feminina, anda sempre perfumada...
A Mónica é a minha irmã e irmã de mais três. Gostamos muito dela e ela é
muito feliz. Dá unidade à família, está atenta sempre a todos e a cada um.
A sra. eurodeputada não tem os olhos azuis mas tem uns olhos tão bonitos
como os da Mónica. Tem os talentos e as virtudes de avó e de mãe. E tem
dificuldades; certamente também chora e se alegra, é mais uma das pessoas
deste nosso planeta que acorda todas as manhãs e lava os dentes.
De certeza que já viu um pobre na rua e lhe estendeu a mão direita (a
esquerda) ou as duas, ou olhou para uma prostituta e sentiu pena. De certeza
que já ajudou alguém em apuros.
Gostávamos que viesse a nossa casa, provasse os muffins que a Mónica faz e
visse o gosto com que ela põe a mesa. E descobrisse que esta menina de
olhos azuis tem... trissomia 21.
E ficaria bem contente por ela ter nascido. Tal como nós. Tal como qualquer
pessoa.»
extraído do DESTAK
29.11.06
Vídeo das Seis: Got a White Magic Woman
(contribuição de miss Cê, nossa correspondente na Videolândia)
Gala 2006 Ursula
Video sent by Uberlinkert
28.11.06
Notícia LOL do Dia = 86,6% dos portugueses consideram-se pontuais
Todos llegan tarde, menos yo
en Portugal
(copiado d' EL PAIS por Mrs. Cari,
corresponsal especial del SinalDeAlarme )
Los portugueses se consideran a sí mismos puntuales, pero acusan a sus compatriotas de llegar siempre tarde - Un 86,6% de los portugueses se considera a sí mismo como “habitualmente” o “casi siempre” puntual en su vida profesional y personal, según una encuesta on-line realizada por la escuela de Negocios AESE de Lisboa y la consultora Ad Capita. Lo más sorprendente es que, cuando se les pregunta por la puntualidad de los demás portugueses, apenas el 5,3% de ese 86,6% dice que sus compatriotas “suelen ser” puntuales, mientras solo un 0,1% dice que son puntuales “siempre”. El lema sería: “Todos llegan tarde, menos yo”. Los autores del estudio, que recogieron cerca de 3.500 opiniones, señalan que la paradoja, “que resume la diferencia entre cómo nos juzgamos a nosotros mismos y a los demás”, puede ser explicada “por la tendencia portuguesa a transferir las culpas a los otros”.
LEER LA NOTICIA COMPLETA EN EL PAIS
la noticia en portugués en la web de la cadena SIC
Mário Cesariny de Vasconcelos 1923-2006
Pastelaria
Afinal o que importa não é a literatura
nem a crítica de arte nem a câmara escura
Afinal o que importa não é bem o negócio
nem o ter dinheiro ao lado de ter horas de ócio
Afinal o que importa não é ser novo e galante
- ele há tanta maneira de compor uma estante
Afinal o que importa é não ter medo: fechar os olhos frente ao precipício
e cair verticalmente no vício
Não é verdade rapaz? E amanhã há bola
antes de haver cinema madame blanche e parola
Que afinal o que importa não é haver gente com fome
porque assim como assim ainda há muita gente que come
Que afinal o que importa é não ter medo
de chamar o gerente e dizer muito alto ao pé de muita gente:
Gerente! Este leite está azedo!
Que afinal o que importa é pôr ao alto a gola do peludo
à saída da pastelaria, e lá fora – ah, lá fora! – rir
de tudo
No riso admirável de quem sabe e gosta
ter lavados e muitos dentes brancos à mostra
Nobilíssima Visão (1945-1946),
in burlescas, teóricas e sentimentais (1972)
Para Anypod
Cold, cold water surrounds me now / And all I've got is your hand / Lord, can you hear me now? / Lord, can you hear me now? / Lord, can you hear me now? / Or am I lost? / Love one's daughter / Allow me that / And I can't let go of your hand / Lord, can you hear me now? / Lord, can you hear me now? / Lord, can you hear me now? / Or am I lost? / Cold, cold water surrounds me now / And all I've got is your hand / Lord, can you hear me now? / Lord, can you hear me now? / Lord, can you hear me now? / Or am I lost?
27.11.06
Resistiré (para o Irhabi)
Cuando pierda todas las partidas / cuando duerma con la soledad/ cuando se me cierren las salidas / y la noche no me deje en paz. / Cuando sienta miedo del silencio/ cuando cueste mantenerse en pié/ cuando se rebelen los recuerdos / y me pongan contra la pared. / Resistiré, erguido frente a todo/ me volveré de hierro para endurecer la piel / Y aunque los vientos de la vida soplen fuerte / soy como el junco que se dobla / pero siempre sigue en pié. / Resistiré para seguir viviendo / soportaré los golpes y jamas me rendiré / Y aunque los sueños se me rompan en pedazos / Resistiré, Resistiré… / Cuando el mundo pierda toda magia / cuando mi enemigo sea yo / cuando me apuñale la nostalgia / y no reconozca ni mi voz / Cuando me amenace la locura / cuando en mi moneda salga cruz / cuando el diablo pase la factura / o si alguna vez me faltas tu. / Resistiré, erguido frente a todo / me volveré de hierro para endurecer la piel / y aunque los vientos de la vida soplen fuerte / soy como el junco que se dobla / pero siempre sigue en pié. / Resistiré, para seguir viviendo / soportaré los golpes y jamas me rendiré / y aunque los sueños se me rompan en pedazos / Resistiré, Resistiré…
Clicar aqui para ouvir a música toda (versão original do Duo Dinamico)
Clicar aqui para ver um video "youtube" da autoria de Racatram.
Absolutamente romântico
I'll always be by your side / Even when you're down and out / I'll always be by your side / Even when you're down and out / I just wanted to be your housewife / All i wanted was to be your housewife / I'll iron your clothes / I'll shine your shoes / I'll make your bed / And cook your food / I'll never cheat / I'll be the best girl you'll ever meet / And for a diamond ring / I'll do these kinds of things / I'll scrub your floor / Never be a bore / I'll tuck you in / I do not snore / I'd wear your black eyes / Bake you apple pies / I don't ask why / And i trys not to crys / I'll always be by your side / Even when you're down and out / I'll always be by your side / Even when you're down and out / And its nearly midnight / And all i want with my life / Is to be a housewife / Is to be a housewife / 'Cause it's nearly midnight / And all i want with my life / Is to die a housewife / Is to die a housewife
26.11.06
Orelhão Crítico
Ikara Colt - May B 1 Day
a cena indie londrina volta a atacar. Ikara Colt, de seu nome. Formados em 1999, "chat and business", o primeiro album, só seria lançado em 2002 e "modern apprentice" em 2004. Com claras influencias de Bauhaus e sobretudo de The Fall, é um pequeno doce para os ouvidos de quem gosta de indie.
Je t'aime... moi non plus
Este belo par (Jane Birkin e Joe Dallessandro) é o mesmo da pergunta do Quizz a que ninguém respondeu. A foto é do primeiro filme de Serge Gainsbourg, Je t'aime... moi non plus (1976). O filme ficou muito aquém da notoriedade que teve a música que lhe dá o título, mas é uma peça de rara beleza. Je t'aime... moi non plus (1969) é uma daquelas músicas que consta de qualquer colectânea romântica e para muita gente continua a estar entre as melhores canções de amor de todos os tempos. Na altura, a música provocou polémica e chegou a ser banida em estações de rádio e mesmo nalguns países com a classificação pornográfica por causa dos gemidos de Jane Birkin (e não só). Não se será difícil imaginar quantos namoros, casamentos ou meros encontros sexuais se iniciaram ao som desta música, por esse mundo fora. Esta é a parte terna.
Agora a parte cruel. É claro que nunca ninguém deve reparado no próprio título da música: Eu amo-te... eu também não (em inglês, as traduções variam entre I love you, nor do I e I love you, I love you not). Talvez desagradado com a reputação da música, Serge Gainsbourg resolveu fazer um filme (o seu primeiro) com o mesmo título. Je t'aime... moi non plus marca a estrutura e a essência do argumento. A história é muito simples: Krassky, um homem do lixo (Joe Dallessandro, uns dos rapazes Wahrol), conhece uma empregada de um bar de estrada que, devido ao seu ar arrapazado, se chama Johnny (Jane Birkin, mulher de Gainsbourg). Os dois sentem-se mutuamente atraídos e acabam na cama.
E é na cama que se dá o grande conflito do filme. Na essência o filme é isso. Krassky é gay (Padovan (Hugues Quester) é o namorado) e não consegue excitar-se com a ideia da penetração vaginal. Johnny, com um sentido muito prático, tenta dar a volta à questão incitando-o à penetração anal ("Je suis un garçon", diz-lhe). O apelo funciona na perfeição mas há um problema, Johnny grita desalmadamente perante todas as tentativas. Eles correm todos os sítios disponíveis, mas os gritos dela colocam toda as pessoas nas redondezas em alerta.
Finalmente, tentam-no em cima do camião do lixo de Krassky, no meio de um descampado. A cena inicia-se com os mesmo gritos mas ao fim de algum tempo, como não são interrompidos por ninguém, lá acabam por ser bem sucedidos. As vozes de ambos alinham com a música e Jane Birkin diz continuamente "Je t'aime" seguido pelo silencio de Joe Dallessandro com "Moi non plus". A seguir ele dir-lhe-á: "O importante não é como fazemos amor. O importante é o facto de seres minha e experimentarmos as mesmas sensações. É isto o amor. E, acredita-me, é raro".
Tal como na música, eles não foram felizes para sempre e não tiveram muitos filhinhos. Padovan, que era muito ciumento, tenta matar Johnny mas é apanhado por Krassky. Este dá-lhe um raspanete e vão os dois à sua vida. E a Johnny fica sozinha. Com isto tudo, ainda me continuo a surpreender que os corações mais românticos entrem em delírio com o Je t'aime... moi non plus. Confesso que me dá um particular gozo contar esta história sempre que alguém diz, com os olhos revirados: "ai, esta música...". Para quem gosta do universo Gainsbourg, o filme é de culto. Uma última curiosidade: Gérard Depardieu ainda jovem faz uma pequena aparição no filme, vestido de branco sobre um cavalo branco, numa espécie de jogo de sedução com Padovan.
Quanto à música, sabendo da história, muita gente poderá ir do amor ao ódio e outros tantos irão em sentido inverso. Há também a possibilidade de recorrer às versões e são muitas: Sven Väth feat. Miss Kittin, Brian Molko com Asia Argente (ele canta a parte da Jane Birkin), Mick Harvey, Anita Lane com Nick Cave, Barry Adamson, Malcolm McLaren... Para quem quer passar a odiar a música é muito eficaz a versão dos Pet Shop Boys ou a da Donna Summer.
Para quem gosta do original, basta ver o video que alguém (Boxcar Bertha) se deu ao trabalho de fazer com fotografias de Jane Birkin e Gainsbourg. Podia ser pior.
(grande remiguel que se lembrou de um dos meus filmes preferidos para o quizz :)
25.11.06
Sabadabadu Video Mix: Proud of You
My Pride ( Proud of You) by Fiona Fung
(as crianças vêm do Taiwan, é certo, mas expressam o nosso sentimento, que é o que é preciso)
Sabadabadu Video Mix Coros
peace
23.11.06
Blogue do Dia: Diário de Um Quiosque
»»» diariodeumquiosque.blogspot.com
22.11.06
Língua: À
Chamem-me fundamentalista da língua (não no sentido que alguns estão já a pensar), mas há um erro que aparece em tudo o que é sítio, desde blogs a ementas do refeitório da Assembleia da República (ehehe) e que me irrita profundamente. Amiguinhos, isto - "á" - não existe. Simplesmente não existe na língua portuguesa. Aquilo que pretendem escrever quando escrevem esse sinal é "à", ou seja, a contracção da preposição "a" com o artigo definido "a" ou da preposição "a" com o artigo demonstrativo "a". Aquele "á" apenas se aplica quando está em início de palavra, como em água, ou em final de palavra, como em comerá, dormirá, morrerá, etc etc.
Right?
É legítimo
21.11.06
Depois dizem que isto não avança
Eu considero-me um homem forte, não me deixo chocar por qualquer coisa.
Por exemplo, no caso do José Veiga, não me chocou que o homem pudesse (hipoteticamente, claro, não fazemos aqui julgamentos antecipados) querer ficar com 3,5 milhões de euros da transferência do João Pinto, transferindo-os para uma conta no estrangeiro onde não pagava impostos e viesse agora dizer que fez uma borla ao João Pinto porque até é amigo dele, portanto a conta não é dele e então só pode ser de um qualquer gajo do Sporting;
Também não me chocou nada que o homem tivesse (hipoteticamente) vigarizado em milhões um qualquer banco do Luxemburgo;
Muito menos me chocou ficar a saber que ele pode (hipoteticamente) estar a dever ainda mais milhões ao maior tanso português, o fisco;
Do mesmo modo, não me choca que ele esteja (hipoteticamente) envolvido no caso do apito dourado;
Depois disto, claro que não me chocou ver o homem vir para a televisão fazer-se de vítima de uma cabala, perseguida pelas Finanças e pelos tribunais;
Até posso dizer que não fiquei nada chocado quando o Presidente do Benfica e toda a malta do clube ficaram revoltados com a Justiça e se solidarizaram com ele e o Simão até lhe dedicou dois golos do jogo contra o Cazaquistão, mesmo depois de o nome do clube ter sido assim arrastado para a lama.
Dito isto, também não me chocou, evidentemente, ver a Justiça fazer o arresto da mobília do José Veiga, por conta da dívida ao tal banco luxemburguês.
Agora o que me chocou, isso sim, foi a mobília!!! Então o homem (hipoteticamente) pega em 3,5 milhões da transferência do João Pinto, mais nos milhões do fisco, junta aos milhões do banco luxemburguês, mais os milhões que ganhou honestamente e e vai daí compra aqueles cadeirões em estilo império azuis e vermelhos e castanhos às riscas e não é punido por isso? Afinal onde é que está a Justiça? Que país é este? Para onde foi o Estado de Direito? A facto ad jus non datur consequentia?????
A morte do artista
Este belo exemplo da estatuária contemporânea tem como autor Pedro Cabrita Reis. A coisa foi inaugurada em Junho de 2003 e retrata José Vieira de Carvalho, um cacique que reinou na Maia durante 28 anos eleito pelo CDS. Para quem quiser saber mais detalhes, basta visitar o blog de António Cerveira Pinto onde estão dois textos sobre o assunto: "From a dead artist to another (on cynicism issues.)" e "Estatuária e cinismo: da pseudo autoria aos artistas fantasmas." Sim, já sei que se pode argumentar que o Cerveira Pinto é um ressabiado. Mas ressabiado ou não, a crítica é do mais justo. Também ouvi dizer que os artistas também pagam renda de casa como as outras pessoas. Mas não me parece que seja esse o caso. Em 2003, dois meses depois da inauguração da bela estátua, Cabrita Reis estava a caminho da Bienal de Veneza. Acrescenta-se ainda à coleccção, um painel de azulejos miserável instalado para os lados de Miraflores (a ornamentar um edíficio de escritórios) "muito inspirado" numa peça dos anos 80 de um artista americano. Curiosamente, este painel também foi inaugurado por volta de 2003. Lamento discordar, mas, na minha modesta opinião a coisa que o Cabrita Reis mais faz é a Fundação.
20.11.06
"Fundação" - pedro cabrita reis
pedro cabrita reis disse a propósito de fundação: «uma sobreposição de níveis e fragmentos de tempo muito densos e complexos que desde o início foram criando entre si pontos de resistência, pontos de passagem difícil».
comemoração dos 50 anos da Fundação Calouste Gulbenkian.
é fantástico. quando observamos esta obra de arte a primeira coisa que nos vem à cabeça é seguramente "a sobreposição de níveis e fragmentos de tempo". durante a minha visita ouvi alguém chamar "monte de entulho" a uns tijolos emparedados que se encontravam a um canto. que falta de sensibilidade. é lindo. é aliás de uma beleza estética única. se os artistas são premiados pela diferença, ora aqui está algo que deve ser premiado. por quem e por quê, é uma questão a colocar. certamente será por alguém versado em retórica. sim, retórica. as palavras articuladas em sentidos encriptado, como convém associar às obras de arte, é fundamental. se é dificil ao observador compreender a obra, então que se faça uma descrição imperceptível para que não entenda mesmo nada. lamentemos a ignorância mas fomentêmo-la.
são tantos os conceitos que nos assaltam o imaginário que acredito que os observadores se sintam tentados a sobrevalorizar o tempo. "não a perda de tempo" por estar ali. de todo. até porque no piso em baixo está uma exposição de pintura portuguesa da primeira metade do século XX e, na recepção uma obra prima (Boock cell) de Matej Krén. o outro tempo de que o artista fala. a densidade do tempo que de resto está bem explícito na obra. a primeira coisa em que pensei logo quando entrei foi na densidade e na complexidade do tempo. o estar ali. dois passos a seguir percebemos a resistência entre os pontos criados por estes dois conceitos abstractos evidenciados pela determinação racional da beleza estética que envolve o visitante numa catarse sem precedentes na história da arte portuguesa.
Nuno Crespo, na Linha Arquitectura Design, diz a propósito - «...abre a escultura para o terreno da paisagem, intensifica e sublinha a acção do artista procurar sem saber o que procura até encontrar aquilo que faz sentido e faz "clic"». ora aqui está. está-se mesmo a ver. há efectivamente um "clic" qualquer. algures em qualquer parte deste trabalho existe um "clic". terá sido na colocação de uma obra de Corot? ou nos tijolos empilhados? acredito que possa estar relacionado com o acender das lâmpadas colocadas sobre os vários painéis de vidro translúcido. ou será que não era bem isto que o autor queria dizer?
o objectivo foi criar algo à frente no tempo e simultâneamente uma sintese da obra do artista que fez convergir momentos diacrónicos da sua vida que se cruzaram com os da própria fcg. a fcg está à frente do tempo contemporâneo? ou a contemporâneidade não se faz entender? será esta obra uma vanguarda? ou perder-se-á na história da história da arte?
o confronto de materiais é interessante. a ideia do vidro por cima das lâmpadas fluorescentes é muito boa (pena que não possamos andar sobre ele). esta interactividade seria uma mais valia muito importante. as cores interessantes mas nem por isso originais. a inclusão do Corot e de algumas peças de escultura é uma ideia boa assim como a das secretárias, das estantes e do primeiro estrado da fundação. há de facto um conceito. uma originalidade. se os tijolos aparelhados e picados pretendem aludir a uma fundação, quer seja estrutura fisica ou fundação de instituição, parece-me mal conseguido. o azul Yves Klein gostei. o efeito de repetição das estantes cria um efeito estético actual. o bastidor na parede vermelha, já ganhou. o presente e o futuro estão lá. os objectos velhos, os novos e os assim assim. até obras de arte lá estão. sim, gostei. fez-me pensar.
agora, não me parece correcto a fortuna histórica de críticas à obra. inclusivé as feitas pelo próprio artista. as criticas não devem ser encriptadas. por vezes tenho dúvidas de que os autores têm noção daquilo que estão a dizer. perdidos em adjectivos e palavras difíceis - não definem, não descrevem, não contribuem de uma forma positiva para a história da obra de arte - que no fundo é o que interessa. muito menos ajudam a divulgá-la àqueles que a pretendem conhecer. parece que o objectivo é dificultar a leitura para que mais facilmente seja aclamada por todos - os que supostamente entendem e os que não.
\arte, exposição\
19.11.06
Abominável
Um bonequinho southparkiano delicioso, que dará pelo nome, presumo de Abominável César das Neves. Autoria de Sara Cacao, do blog Cacaoccino, que viveu um momento de terror num hipermercado ao perceber que este ente fantástico não é só mito.
18.11.06
The Cure for Forest
Como agradecimento público ao caro Forest por nos ter feito regressar aos The Cure, ao prazer máximo da depressão apocalíptica dos anos 80, aqui fica o vídeo que os próprios dedicaram a este nosso amigo: "A Forest".
|video|
17.11.06
CineMemória : Negros Hábitos
Brinde: o grupo de feiras era constituído por irmãs com nomes como Sor Rata de Callejón (Irmã Rata do Beco - Chus Lampreave) | Sor Estiércol (Irmã Esterco - Marisa Paredes) | Sor Perdida (Carmen Maura) | Sor Víbora.
Ratzy Fan Club #3
Prosseguimos o nosso culto de personalidade pelo Supremo Vigário de Cristo, desta vez dedicando-lhe este bonito tango.
16.11.06
CineMemória: Audition
Audition é um filme de rara beleza, que dificilmente se esquece. Uns, consideram-no uma reflexão importante sobre a forma como os homens maltratam as mulheres na sociedade moderna. Outros, consideram-no mais uma perversão doentia do realizador Takeshi Miike. Eu, na verdade, acho que é as duas coisas.
O vídeo que aqui vos ofereço, um excerto da parte final do filme, não deve ser visto por ninguém que goste de filmes de terror. Aliás, quem gosta de filmes de terror, não deve ler nada, absolutamente nada, sobre este filme e muito menos deve ver o trailer ou cenas dele. Deve sim ir já e a correr comprar o dvd.
Este excerto é pois só para aqueles que não gostam de filmes de terror.
Enjoy!
kiri kiri kiri
Ainda os 80's
Classix Nouveaux - Guilty
Tinha-me esquecido completamente destes senhores. Hoje ouvi na rádio que o vocalista, o peculiar Sal Sol, tem um trabalho novo. Não se sabe se no mesmo registo que tem pautado o seu percurso musical: gospel, canto gregoriano e uma pitada de rock e rap aqui e ali. Tudo com uma temática bastante religiosa. Depois da culpa (guilty), a remissão dos pecados.
15.11.06
Língua: Puta
(tudo roubadinho da wikipedia), responsável pela poda de videiras e outros arbustos, sendo, por isso, especialmente evocada na manutenção das vinhas. Assim, quando chamarem Puta a alguém, poderã sempre acrescentar "És uma Puta, mas refiro-me à deusa". É muito mais elegante. Ou "és a minha deusa, puta".
14.11.06
Orelhão Crítico: Moonspell
Os Morbid God, em 1982 adoptaram o nome de Moonspell. Vários discos sem grande sucesso em Portugal não vaticinavam o que aconteceria em 1995 quando editaram "Wolfheart". O melhor disco e para alguns críticos um dos melhores discos editados por bandas portuguesas. O sucesso foi estrondoso, tanto a nível nacional como internacional. Adipocere, foi a editora francesa que os lançou e os deu a conhecer ao mundo. Ainda hoje fazem tournés à pala desse grande momento que foi "Wolfhearth". Porém, Irreligious, o albúm lançado no ano seguinte imortalizou os Moonspell com a música "Opium", a partir de um poema de Álvaro de Campos intitulado "opiárium". É sem dúvida a sua música de maior sucesso. Ao gótico com influências folk e black metal seguiu-se, em 1998, Sin Pecado com influências electrónicas que se viriam a consolidar no albúm de 1999 Butterfly Effect, evidenciando ainda mais a fase de experimentalismo electrónico numa base folk/gótica que a banda viria a adoptar temporariamente.
Os novos fãs consideram o último trabalho o melhor da banda "Memorial". Outros continuam a acreditar que a primeira fase continua a ser a melhor. Eu acredito que os Moonspell continuam a surpreender (até porque sou um fã do "Wolfheart"). Sobretudo não se deixam arrastar para a onda comercial, o que por si só já é de destacar.
Prémios à parte, "Imemorial" pode não ser o melhor deles, mas seguramente tem o melhor video.
Aqui fica "Luna".
13.11.06
EM RIGOROSO EXCLUSIVO:
Amália & A Cadela Fadista
A cadela fadista acompanha Amália no fado Povo Que Lavas no Rio.
Saliente-se que o adorável bicho tem bom gosto: praticamente só entra em dueto com Amalia e Callas.
O video é uma obra de arte de Mrs Cari, graciosamente concedido ao Sinal de Alarme para estreia mundial. Conseguimos assim unir três gerações de artistas numa pérola-video. É aproveitar e ganir por mais:
Em breve: Callas & A Cadela Prima Donna
Amália VII
|video|
12.11.06
Olho Crítico: O Diabo Veste Prada
Não sei se o problema é meu, mas ando chocado pela fraca qualidade dos filmes que tenho visto ultimamente e que são geralmente considerados bons filmes. Na semana passada foram logo três: primeiro o "Palais Royal", que achei um filme com um humor francês ordinário e que se transforma numa homenagem à princesa Diana, personagem que a mim não me fascina; foi depois o "Little Miss Sunshine", um filme disfarçado de indie mas para mim totalmente mainstream, com todos os condimentos para ser um sucesso comercial, tantos condimentos que o tornam irritante;
E ontem à noite foi "O Diabo Veste Prada". Uma americanada superficial, reciclada, aborrecida, moralista e utópica. Até os diálogos, que poderiam ser o ponto forte do filme, são medíocres. A quantidade de clichés que o filme tem é assustadora. Vejamos os principais:
- o vender da alma ao Diabo para arranjar emprego: o filme é sobre uma rapariga desinteressante, com um namorado igualmente desinteressante, rapariga essa que se torna de repente "fashion victim", alegadamente não por se deslumbrar com o mundo da moda, onde acabava de entrar, mas só porque queria ter depois uma carreira de respeito como jornalista, que lhe estaria garantida após um ano naquele trabalho com o Diabo;
- os bons e os maus: a rapariga é muito boazinha (percebe-se que a autora do livro que serviu de base ao filme encarna aquela personagem) e ela e o namorado têm uma amiga negra e um amigo gay, para que fiquemos logo a perceber que aquela é a "boa gente". Os do mundo da moda são uns stressados, superficiais, carreiristas e manipuladores;
- o arquétipo do chefe que faz da nossa vida um inferno: Meryl Streep faz um personagem que é suposto caracterizar Anna Wintour, editora da Vogue, uma pessoa com poder mas sem coração e impiedosa mas também insegura, que é capaz de tudo pela carreira e que vive no filme o seu quarto divórcio porque, claro, não tem tempo para a família. Razões tem a senhora para querer processar o filme;
- o final hollywoodesco: esta espécie de gata borralheira tem uma oportunidade de uma carreira de sucesso, mas no fim renuncia a toda uma vida pela qual "milhões de raparigas eram capazes de matar" porque o preço a pagar ía contra os seus princípios morais. É patético ver ela no final a voltar para o namorado e a desfazer-se da roupa de marca e passar a vestir-se como antigamente, supostamente sem gosto, como se fosse possível alguém mudar de gosto assim com o estalar de um dedo.
Um apontamento sociológico interessante é que se sai do filme com a impressão de que quem gosta dele são as pessoas que mais se interessam por moda, precisamente aquelas que o filme é suposto criticar (em suma, as pessoas que usam Prada). Ou seja, não questionaram nada sobre si próprias e esta é provavelmente a prova maior de que são efectivamente seres superficiais.
Ao menos haja alguma coisa interessante.
| cinema |
Intervalo-Publicidade: ATENÇÃO à próxima 2a de manhã
11.11.06
Anos 80: Cure
Premiado como um dos melhores videos da década de 80, este video influenciou-me a sério. A minha fase de vanguarda em que tudo o que vestia era preto e de que ainda hoje guardo algumas reminiscências. Dançava agarrado às paredes em passos lentos e movimentos ondulantes, não obstante uma tristeza imensa se abater sobre mim. Queria contornar os olhos a preto - como o Robert Smith mas vivia numa vila minúscula onde a audácia era premiada com o ostracismo. Não era possível. Começei então a perceber que alguma coisa não estava a correr bem...
The cure uma das bandas mais influentes dos anos 80.
| musica video |
Anos 80: Cindy Lauper
Sempre achei que esta mulher estava fora da realidade do seu tempo. uma espécie de vanguarda das vanguardas.
| musica video |
10.11.06
Anos 80: O Bairro Alto
Para os meninos da mamã que se vestiam de preto e portanto eram, supostamente, candidatos a ser confundidos com os punks verdadeiros, seja lá isso o que for, o percurso no Bairro começava no Mombaka, onde pontuava habitualmente o líder dos Pop Dell'Arte, sentado sozinho numa mesa, com uma pose de diva, envergando grandes cachuchos nos dedos. O Mombaka era ao lado do famoso e extinto Põe-te na Bicha. O Arroz Doce era a próxima paragem, onde, depois de alguns pontapés, a juke box tocava interminentemente A Girl Called Johnny dos Waterboys. O fim da noite era no Incógnito ou, em noites de loucura, o Frágil, onde a, outrora grande, Margarida, nos deixava plantados à porta.
| musica video |
Anos 80: Cicciolina!
Dia Porno meets Anos 80. Cá temos Anna Ilona Staller. Completa 55 anos dia 26. Lembram-se quando, ela e a cobra, deixaram o Coliseu dos Recreios a arder? O país tremeu. Havia um filme porno com ela e um burro. Casou com o Jeff Koons e fizeram muita arte juntos. Também chegou ao parlamento italiano. Ah! É hungara.
Anos 80: Os Festivais
Carlos Paião - Play-Back
A família reunia-se em duas ocasiões por ano: no Natal (motivos financeiros fortes), e no dia do Festival da Canção (porque era lindo!). Em 81 ganhou esta canção que gozava com os cantores do play-back. A Eurovisão foi madrasta com ela. E com todas as outras portuguesas que lá foram. É tudo por causa da política, diziam os mais velhos. Sim, na altura os outros eram sempre os mais velhos. Bem, os fatos eram lindos, os cabelos (Ana Bola em especial) eram primorosos e a coreografia...bem...só vista. Vê-de.
Anos 80: 2º pensamento optimista do dia
E lembram-se daquelas melenas com que os meninos escondiam a testa e as orelhas, também chamadas de cabelo "à cão" ou "à foda-se"? Ou aqueles cabelos compridos atrás, também conhecidos por "mullets"? E aqueles óculos grandes, tipo tampa de sanita, ou os outros espelhados, à piloto de aviões ou à Miami Vice, não sei bem?
Ah, e que dizer daquela insuportável mania que tinham dos ginásios, que lhes pegou a Jane Fonda?
Felizmente que tudo isso foi enterrado nos anos 80 e hoje em dia é tudo tão diferente!...
Anos 80: 1º pensamento optimista do dia
Anos 80: Dinasty
Muito antes do 11 de setembro, 11 de marco e os atentados em Londres, o mundo viveu um choque enorme em 1985 quando o malvado bin Laden atacou o casamento do ano, da Amanda Carrington na Dinastia. o mundo nunca mais foi o mesmo.
| tv video |
Anos 80: Strip Tese Sam Fox - ADENDA: NOTÍCIA DE ÚLTIMA HORA
Depois de aturadas pesquisas para o perfil da divina samanta, e já fechada a edição do post, descubro a verdade escondida no mais fundo da wikipedia: a moça é +- lésbica! Ao jornal The Mail on Sunday em 2003 disse: "I can't keep saying, "Maybe", or denying it. It's time to let people know where my heart is. People keep trying to say I'm a lesbian. I don't know what I am. All I know is that I'm in love with Myra [Stratton, her manager]. I love her completely and want to spend the rest of my life with her".
Ora toma! Moças do Engajamento, não estão com falta de mais uma diva? A mim parece-me a estrela ideal para a próxima Lesboa.
(dúvida: será apenas uma manobra comercial que, como se vê, teve um sucesso extraordinário na carreira fox?)
Anos 80: Strip Tese - Samantha Fox
Chegamos à epoca que nos interessa: em 1983 são lançadas as primeiras fotos em topless da diva. Quem tirou estas fotos? A mãe. Chamem-lhe parva. Ela sabia o filão que estava naqueles dois alforges. Foram enviadas para um concurso. Não ganhou mas as fotos foram publicadas e ela começou a sua profícua carreira de modelo. Chegou à pg 3 do The Sun e bum! Tinha ainda 16 anos, vejam bem. Depois disso, as suas mamas tornaram-se um icone do Reino Unido, a par das rainhas mãe e filha, de diana, dos smiths, do chá e das orelhas de carlos. Aos 20 (estamos em 86) anunciou a reforma das mamas das pgs 3 (saliente-se que só nos anos 90 as mamas chegariam à Playboy).
E é aí que "Touch Me (I Want Your Body)" é lançado. Nossa Senhora das Mamas Alheias! Sucesso mundial, nº1 do Azerbeijão à Zâmbia e até em Portugal. Toca-me (Apalpa-me), quero sentir o teu corpo tornou-se um hino da juventude, revoltada com o pessimismo e intelectualismo bacoco dos friks bem pensantes palrantes que preferiam ouvir canções inglesas sobre suícidios, homossexualidade, o apocalipse, política, coisas sociais. Depressões como The Cure, Smiths, etc, vêm-me à cabeça e decerto alguns friks deste blogue não os esquecerão. Contra isso e contra eles surgia a roliça Sam Fox a gritar Toca-me, Apalpa-me, Adeus tristeza.
Como não me interessa o o resto da vida da rapariga (provavelmente, hoje em dia, estará mais perto de uma canção dos Smiths ), deixo-vos a wikipédia, onde podem ler muito mais.
Mas não pensem que a matrona desapareceu: Ainda agora, diz ela no seu site (e bonito que é!), fez uma tournée no Canadá (infelizmente, não para fãs, era uma corporate tour). Também lançou uma versão como um 2006 feel para marcar o 20º aniversário do single (pois, façam contas à vida). Há mais coisas para ver e saber o site, que é muito catita (tem um diário!). Para mim, chega-me saber que alguém, em 2003, teve a satânica ideia de trazer Sam Fox para actuar em Portugal, nos festejos públicos de fim de ano em Ponta Delgada. Foi uma sorte que um foguete não lhe tenha estoirado uma mama (a propósito, diminuiu-lhes o tamanho).
Presumo que estejam abismados com o muito que se pode escrever sobre a Sam. É natural. Como passatempo, e para compensar esta longa strip tese, deixo-vos OBVIAMENTE, o Touch Me.
E um quizzezinho:
1) Quanto pesavam e mediam as mamas Fox? E actualmente?
2) Quantas semanas o single Touch Me esteve em n.1 em Portugal?
3) Quanto é que ela mede afinal?
Acertas, ganhas um crachá a dizer que és um Foxy Fan (é a designação oficial, lamento).
ADENDA: SAM FOX É +-LÉSBICA
9.11.06
Anos 80: Comunicado
8.11.06
7 Coisas Mai Lindas 7 - Nomeações América do Norte
7 Coisas Mai Lindas 7 - Apresentação
É um facto que a lista de 21 monumentos candidatos às novas 7 maravilhas do mundo não nos agrada. Por isso, o sinaldealarme vai propor uma nova lista, bastante mais democrática e consensual, da qual será eleita por votação popular as 7 Coisas Mai Lindas 7 do Mundo.
Para que todos os povos se sintam representados nesta iniciativa que se pretende planetária, a votação será feita por fases com base em sete grandes regiões do mundo: América do Norte, América do Sul, Europa, Médio Oriente, Ásia, África, Oceânia e Antártida. Por cada região serão apresentados oito candidatos. O vencedor de cada lista conquista de imediato um lugar nas 7 Coisas Mai Lindas 7. Depois será feita uma eleição final para eleger A Coisa Mai Linda do Mundo.
O sinaldealarme também está a preparar uma grande festa para anunciar os vencedores. Será uma festa de celebração da humanidade. É possível avançar, em primeira mão, que o evento terá lugar num terraço da lapa com muitos jogos de luzes, festa da espuma e piscina com nenúfares. O Carlopod vai fazer um dueto com a Any the One (já estou a ver a mana a enfiar os dedos nos ouvidos e a dizer "Ai que horror!"), o remiguel será o apresentador da grande festa, falando em simultâneo em português, alemão da baviera, catalão, inglês, francês e dialecto açoriano, o Forrest vai voltar a juntar todos @s amiguit@s para um grandioso show erótico provando que o amor não tem barreiras, o Irhabi será o responsável pelo rercrutamento de seguranças para esta mega celebração e o Razorblade fará uns sketches humorísticos a imitar o Vasco Pulido Valente. Para o sucesso da operação, é importante a presença dos mail altos dignatários dos quatro cantos do mundo. Por isso, vasculhem já todos os vossos contactos internacionais do gaydar, messenger, worldgaymen, casais.pt, skype, etc.. e enviem, desenfreadamente, convites a todos. Podem utilizar como isco a possibilidade de uma grande orgia no final da festa.
Estejam atentos que nos próximos dias será lançada a primeira votação.
7.11.06
Amália, Ano VII
Tive o pressentimento que Amália morreu. Fui ver. Tinha morrido.
Fez ontem sete anos.
Sete.
Um blogo desta categoria não pode deixar passar a data em branco.
Pelo contrário, tem que ser assinalada a negro.
Três momentos geniais graças ao youtube:
Vídeo Povo Que Lavas no Rio
Gaivota 1965
Estranha Forma de Vida
|Video Musica|
Memórias #1
A ver na RTP Memória. Muito aconselhável para quem quer saber escolher a boa pêra rocha ou a cenoura mais suculenta.
video televisao
Língua: Tergiversar.
Tergiversar - Segundo a texto editora este verbo (sim é um verbo) significa voltar as costas; fig. usar de subterfúgios, de rodeios; evasivas ou inventar desculpas.
Assim no presente do indicativo:
tergiverso tergiversas tergiversa tergiversamos tergiversais tergiversam
e no pretérito imperfeito do indicativo:
tergiversava tergiversavas tergiversava tergiversávamos tergiversáveis tergiversavam
é um caso para dizer não tergiversem às pessoas.
ou cuidado ao tergiversar.
ou ainda há tergiversar e tergiversar há ir e voltar.
disse.
Língua: Pétreo
Pétreo - (Do lat. petrèu-, «id.») De pedra; que tem a natureza ou a dureza da pedra; (figurado) rígido; duro; (figurado) insensível; (figurado) desumano. (portoeditora)
Aplicações práticas:
"Aquele rapaz está ali de pétrea e cal" (à porta do Lux, junto de um porteiro que não nos deixa entrar e teima em não acabar o raio do turno)
"Amorzinho, nunca mais ficas pétreo, tenho de ir trabalhar amanhã às nove" (em qualquer lar português)
"És mesmo pétreo!" (em várias situações, por exemplo: esposa/o a ter a conversa do mês com o esposo/a sobre noitadas na internet e o facto disso trazer sérios distúrbios à vida sexual do casal)
"Deixaste-me completamente pétreo" (enfim...acho que já perceberam)
Orelhão crítico #3: Chico Buarque
Não vou comentar o concerto d ontem, porque não sou capaz de dizer mal do Chico Buarque mas esta parte, esta parte, esta parte sim, ía dando cabo de mim.
Beleza: juliane moore saying shut the fuck up
juliane moore saying shut the fuck up, video-art included in Magnolia, 15'', 1999, by Paul Thomas Anderson (1970 - ).
É adorável as coisas que as pessoas se lembram de pôr no YouTube, não é? Quase tão adorável quanto juliane moore saying shut the fuck up. São 15 segundos de beleza intemporal para ver em auto-repeat.
| video cinema |